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2008-08-17

Está-se bem por aqui em Agosto

A cidade está mais cosmopolita que em qualquer outra época do ano. É meter a máquina fotográfica no bolso e sair para a baixa. A meio da manhã podemos passarinhar por Santa Catarina e, nesta época de saldos (e nas outras), testemunhar o movimento vibrante do coração da Invicta. Depois é descer 31 de Janeiro, no passeio das Cardosas podemos concorrer com a trupe dos forasteiros e fazer uma panorâmica da avenida com o Município ao fundo. Daí aos clérigos é um saltinho, há que subir os 230 degraus, mas antes aproveitar para visitar a igreja que encerra ao meio-dia, na escadaria estreita os inevitáveis "sorry !" nos roços mais apertados com a malta estrangeira, com alguma sorte faz-se a subida atrás de uma italiana com pouca saia (o companheiro vai na frente com o cão ao colo), os "nuestros hermanos" também náo faltam no sobe e desce da torre. Por muito boa vontade que tenhamos, não há fotografia onde caiba tudo o que se vê lá de cima. Desce-se então " cum secão do carago" e abanca-se nas esplanadas manhosas em frente à estação de S.Bento, e lá estão os companheiros do sobe e desce, uma familia de holandeses depois de deitar abaixo uma travessa de batatas fritas e mais qualquer coisa gordurenta lê o jornal, a respectiva miudagem loura chupa ruidosamente, com uma palhinha, o resto da coca-cola, facto que deixa desarmada a malta do "só neste país".
O calor à hora do almoço é muito e convida à imobilidade mas, como jogamos em casa, fugimos da comida manhosa das esplanadas manhosas da baixa e vamos a casa abastecer. Daí a duas horas estavamos de volta à mesma esplanada, para o café. Metemos então pelas ruas estreitas e refrescantes, ainda que de frequência duvidosa mas inofensiva, da zona histórica e desaguamos à porta da igreja dos Grilos, espreitar a vista apesar do espaço do miradouro muito mal tratado é obrigatório. Nota vinte para a visita à igreja, muito cativante para quem está de visita, ficou água na boca para a exposição arqueologica (quando houver mais tempo). É subir agora duas duzias de degraus e estamos na Sé, pelo caminho o quadro típico da miudagem que chafurda na fonte pública. Já lá dentro: a impressão, já familiar, da imponência da construção aliada ao respeito devido pelo testemunho da passagem do tempo. - Casou-se aqui D.João I com a D.Filipa de Lencastre, dizia a guia a quem nos fomos colando, como não havemos de ter respeito por esta cantaria pesada.
Saimos, aviamos um perna-de-pau, e atravessamos a ponte a pé. Mais oportunidade para fustigar com força o cartão de 1 giga da máquina das fotos: é daqui, é dali, comigo, contigo, com os dois, com os muidos, pede ali aquele senhor para ficarmos todos, olha a canalha a saltar da ponte, olha o metro, olha as tainhas no esgoto que são tão descomunais que se vêm cá de cima (sem binóculos!), olha o barco, ainda não tiramos do outro lado à ponte do comboio,... Quando chegamos ao jardim do morro, já foram mais de cem, agora fica a tortura de meter a paisagem toda no quadradinho da máquina, a gente bem se chega para trás, mas é de todo impossivel, resta-nos o consolo do que fica na retina.
Há que dizer que andamos sempre com eles atrás, os do mapa e das fotos, agora também já vimos malta de olhos em bico, identificam-se ao longe pelas sombrinhas, e ao perto pelas duas máquinas fotográficas e por mais uma de filmar.
Escolhe-se um caminho empedrado e, sempre a descer, pedra acima pedra abaixo, vai-se dar direitinho à porta das caves Sandeman, nós, que já vimos as caves, ficámo-nos mesmo por uns amendoins e um fino e pela paisagem da outra margem, nós e os outros, muitos.
Retemperadas as forças, há que vir cheirar de perto os barcos Rabelos (e o esgoto com as tainhas), atravessar para o lado de lá, agora pelo tabuleiro de baixo, e,se a bateria não se finou, há ainda o rosa-alaranjado do lusco-fusco para fixar no retrato.
Havendo ainda uma réstia de ânimo, pela noite, há sessões de cinema ao ar livre nos jardins da cidade (com pipocas e tudo) e/ou concertos de borla na concha acústica do Palácio (levar toalha que as cadeiras são poucas e a relva esta húmida).
Bom proveito!

The persistent simphony of ping-pong

2008-08-16

Big Brother



às 19:51:04, nove minutos antes da cerimónia, os telefones chineses de todos os meus colegas -e o meu - na bancada de comentadores soltaram um grito sincronizado, anunciando a chegada de um SMS. Todos se olharam, perante o ineditismo e a dimensão da "coincidência", para a seguir conferirem - também sincronos - a chegada do seguinte texto:
Ladies and gentlemen, welcome to the opening cerimony of Beijing 2008 Olympic Games. Wish you have a pleasent time. - National Stadium




No blogue da RTP.

2008-08-12

Desilusão

Ao contrário do que eu supunha a minha freguesia não tem mais habitantes que a Ossétia do Sul, mas..., se nos juntarmos a Paranhos o caso muda de figura.

A música do camelo

Quem colecionar versões da música das minhas coisas preferidas (my favourite things), acaba por tropeçar numa versão fantástica deste duo, depois, é puxar o fio e vem muita mais música atrás, esta é uma delas.

...Una sottile alchimia lega la sua voce acuta alla "schizofrenia" musicale del contrabbassista Ferruccio Spinetti...


Uma Moca

Foi o que me prometeram, se eu teclasse "terrorista morto" no You tube .



2008-08-05




OLPC (One Laptor Per Child)






o Magalhães dos pobrezinhos.

Para além da propaganda.
Portugal to sell 500,000 of Intel's Classmate PCs

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