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2004-07-27

Nelson Goodman

A propósito de uma conversa do serão de Sábado com o Costa, que me veio ajudar na luta com a persiana do quarto dos miúdos, e convocou reforços a irmã e cunhado também à espera de uma cria mais para o fim do ano, mostrava-se ele descrente sobre qualificação de arte atribuida a alguns trabalhos ditos artisticos, a minha posição tal como lhe referi, é de, apesar de ver muitas coisas às quais também torço o nariz, no entanto, e em face da minha ignorância dou benefício da dúvida.

O nome apareceu sugerido ontem num programa da dois como alguém que ajudaria a pensar de forma mais aprofundada esta problemática.

no fundo, o que é a arte (quando é que é arte?, perguntava Nelson Goodman

Resultado de uma pesquisa muito superficial.

Passaram 16 dias

O Daniel já identifica três coisas que o Raul gosta :

- A minha (dele) voz,
- De mudar a fralda,
- De mamar.

Outra coisa que também aprendeu é que a história da cegonha é pura treta, os bebés vêm da é barriga das mães, ainda tentámos pôr-lhe a dúvida de como é que eles iam parar à barriga das mães, mas a certeza dele chega-lhe, eles vêm da barriga das mães ponto final.
O Raul começa lentamente a perder a inércia de recém nascido, já esboça movimentos, ainda que bruscos e desconexos com a cabeça, ainda são infímas as suas possibilidades de comunicação para além do choro, dentro de quinze dias esperam-se os primeiros sorrisos, a pediatra quer vê-lo nessa altura.

Espinhos : noites mal dormidas que as há, transportar vinte e três quilos ao meio da noite até à casa de banho e voltar, fugindo a ter que no dia seguinte mudar lençois, ter uma alma que acorda a meio da noite e sem dar cavaco se instala no nosso meio disputando o espaço do colchão, no meio disto o acordar do Raul de três em três horas para a refeição ,consequente descarga intestinal e muda de fralda a mim quase me passa ao lado.

...coisas que lhe devem ter entrado por um ouvido a saído por outro...

Património Mundial



É orgulho concerteza, falta pôr no pedestal aqui não entra a pobreza.

(S.Godinho)

Muita informação interessante.

2004-07-26

Nos favoritos

Deste novo poiso, encontram-se joias deste quilate.

...

...

O poiso fica mesmo no centro, a dois passos da câmara, eu diria que isto parece a gruta do Ali-Babá, não pelas joias, mas porque a quem passa na rua passa completamente ao lado a histeria à volta da rede aqui dentro, são mais de trinta computadores todos ocupados, hoje estavam cinco à minha frente na lista de espera quando aqui cheguei e não há jogos em rede, que antes me pareciam indispensáveis para viabilizar um negócio deste tipo, uma completa surpresa. O ambiente parece reflectir a anarquia que reina na rede, desde o tipo de frequentadores à decoração convivem no mesmo espaço malta careca, de totós, de rabo de cavalo, desgrenhados, trunfas à surfista, homens, mulheres, mais novos que velhos e parece que cada um usa isto conforme lhe dá na real gana, é difícil descortinar um padrão de utilizador/utilização.
Além disto é o sítio mais barato que conheço, aberto até mais tarde juntando a isto pode-se tomar café e todo o tipo de bebidas enquanto se navega.

Do Compadre

Certamente regozijando-se envia-me novas sobre o sucesso de bilheteira do último filme de Michael Moore.

Será com ainda mais excitação que prepara as malas para abalar em breve para Krakow, e dar aquele abraço à mana, mais dois olhos a observar a realidade polaca, ficámos ansiosamente e invejosamente a aguardar a sua visão, boa viagem caro.

2004-07-23

Passaram 11 dias

Hoje foi dia de consulta (a primeira), antes fomos dizer adeus aos manos que iam com o infantário para a praia, o Raul fez o sucesso já habitual junto dos colegas do Daniel que chegaram todos à janela do autocarro para lhe dizer adeus.
Duas situações que nos vinham a preocupar foram menorizadas pela pediatra, o ~umbigo que caiu parcialmente há dois deixando ficar ainda um resto ainda visivelmente fresco, nos outros manos ele sempre secara normalmente e caíra de uma vez, ficamos de estar atentos e ir desinfectando várias vezes ao dia como até aqui, se entretanto não cair ficamos de lá passar durante a próxima semana para o queimar com nitrato de prata, coisa que soube agora também me aconteceu a mim, a outra situação, era um dos olhos não encostar ao lado de fora, dando frequentemente a impressão de estar com os olhos trocados, a pediatra também disse que é normal acontecer nos primeiros dias mas que cacaba por normalizar, ficámos assim descansados destas preocupações, quanto ao resto depois de o torcer e de o apalpar por todo, concluiu a pediatra que estava tudo no sítio - Está muito bom, foram as suas palavras, a balança revelou um aumento de peso de 300 g. nestes onze dias, coisa que surpreendente para a médica que o esperava encontrar com os 3,230 kg com que nasceu, é que é suposto haver preda de peso a seguir ao nascimento, cá para mim é da qualidade do leite, a propósito, cheira-nos que vai haver multa da união europeia, é que a quota de produção de lacticínios por este andar vai ser ultrapassada.
Antes da consulta as primeiras duas vacinas, o coitado berrou que se fartou, é que uma agulha a furar aquelas amostras de perna e braço deve ser semelhante ao furo de um berbequim nos nossos.
Nesta fase está a o ar de recém nascido está a dar lugar a um bebé bonito de se ver.

2004-07-22

Toda a indignação

É pouca perante este lodo

Aznar podría haber pagado con dinero público a un «lobby» de EE.UU para lograr la medalla del Congreso
ABC

Aznar pagó con dinero público a un "lobby" de Washington para conseguir la medalla del Congreso de EEUU
CadenaSer

A incredulidade levou-me a buscar a confirmação da notícia em fontes à esquerda (cadenaser) e à direita (abc), mas ambas referem a mesma versão dos acontecimentos, confirmada ainda que de forma amaciada por intervenientes próximos.
Conceitos ambíguos como os de interesse nacional ou sentido de estado, justificarão este tipo de acções ?
E nós, teremos pago também a algum gabinete de advogados para ter nos Açores a tristemente célebre cimeira dos que mentem e perdem, ou então, teremos pago a presidência da comissão europeia ?
E quantas Merdas como esta nos passam ao lado?
Uma medalha e um discurso no congresso Americano custam 400.000 contos, e eleger um presidente e um primeiro ministro e um secretário de estado e uma concessão pública?
Como é que se dá a volta a esta merda ?
É pela esquerda? é pela direita? é pelo centro?...


2004-07-21

Santana não baixes o IRS P.F.

Pelo andar da carruagem ainda vamos assistir nos próximos tempos a manifestações de rua com palavras de ordem nesta onda, ou então, Guterres volta, estás perdoado, e trás a tanga.

Escuridão ao meio-dia

Lembranças de outros tempos, interessante e curioso, (encontrei-o via CARTA A UM AMIGO DA UDP SOBRE A MUDANÇA (Outubro 1994) um blog satélite do abrupto) apenas o senão de ser anónimo.

2004-07-20

Comentários às fotos

Pode-se ver a felicidade da mãe, logo após o nascimento, ainda na fase do bordado como lhe chamou a parteira.

A primeira foto do Raul, minutos após a sua vinda a este mundo, durante a primeira toilette, ainda com sinais evidentes de recem nascido, as mãos roxas e enrugadas, as unhas ainda sem rigidez, outra foto já com ar mais composto.

A mãe já visivelmente refeita, espalha a boa nova e agradece as felicitações.

O Raul já de olho bem aberto, na enfermaria.

A alegria indisfarçavel do Daniel, ele que é daqueles miúdos a quem é preciso implorar um sorriso para uma foto, foi incapaz de conter a satisfação. Ansiosamente esperou a tarde toda que o fosse buscar para a visita ao mano, apesar da quebra das regras do hospital, lá se conseguiu dar a volta a um porteiro para uma visita de uns prometidos breves minutos. Não descansou enquanto não pegou nele. Passou completamente ao lado de todos os cenários esperados, ele que nunca se mostrou particularmente interessado durante a gravidez.

O primeiro banho já em casa, A prova da sua masculinidade e finalmente o progenitor, satisfeito com a sua obra-prima.

Faltou nas fotos a Gabriela, que não foi ao hospital, e que foi, conforme já suspeitávamos apanhada de surpresa na Terça-feira ao chegar a casa da escola com o que ela conhecia como o mano bebé, e que não era concerteza aquilo, ilustrativo da sua surpresa foi a sua pergunta - Quem comprou o mano bebé?


A curiosidade dos manos é ainda mais que muita, em tudo o que diz respeito ao Raul, não querem perder pitada, a mamar, a mudar a fralda, a pila, uns dias depois dele estar em casa o Daniel admirava-se de ainda não lhe ter visto a pila, na muda de fralda a seguir lá foi ele a correr, o umbigo que ainda não caiu, qualquer arranque de choro é motivo para correrem os dois a pôr a chupeta, e chamar a mãe - Ele quer maminha. diz a Gabriela à mãe, incomodada com o choro do mano. No dia a seguir a ter chegado a casa, o Daniel antes de sair para a escola pediu à mãe se podia ir olhar para o mano enquanto não saia, e lá ficou deitado a seu lado olhos nos olhos.
Tem sido preciso algum tacto para conter as suas movimentações infantilmente descuidadas à volta do Raul, sem os melindrar.








2004-07-17

Primeiras fotos




























2004-07-15

Passaram 3 dias

O Raul já está em casa, e fui registá-lo hoje de manhã -Raul (sem acento)- já está cadastrado, é português para o bem e para o mal, é de Miragaia terra ainda viva e de gente que melhor testemunho dá do mais genuino espírito tripeiro, seja ele merecedor das suas origens.

Está de dia para dia a perder as cores de recém nascido que lhe tingiam a face, as pálpebras normalmente inchadas dos primeiros dias, que mal lhe permitiam abrir os olhos, vão dando lugar a uns farois cada vez mais abertos e curiosos. A rotina dele é a normal, comer, cagar, dormir e nos espaços muito breves em que saí dela, vai rodando vagarosamente os olhos na descoberta deste novo ambiente. Também chora, normalmente quando lhe custa a sair a rolha, quando ela salta e ele abundantemente suja a fralda acompanhado de um ligeiro som de fossa a escoar, logo passa, e encarreira então na rotina.




Quando


Quando o meu corpo apodrecer e eu for morta
Continuará o jardim, o céu e o mar,
E como hoje igualmente hão-de bailar
As quatro estações à minha porta.

Outros em Abril passarão no pomar
Em que eu tantas vezes passei,
Haverá longos poentes sobre o mar,
Outros amarão as coisas que eu amei.

Será o mesmo brilho a mesma festa,
Será o mesmo jardim à minha porta.
E os cabelos doirados da floresta,
Como se eu não estivesse morta.



Sophia de Mello Breyner Andresen, Dia do mar (1947)



Apesar da reverência com que sempre ouvi falar dela, talvez pela aparente simplicidade das palavras e sobretudo por ignorância, nunca lhe dei atenção. Nesta fase de luto recente pela sua morte ao ouvir ler alguns poemas de memória por parte de alguns que foram chamados a dar o seu testemunho, a curiosidade ficou avivada. Este foi lido pelo MST na cerimónia fúnebre, ele sim, sempre alguém que leio com renovado prazer e atenção desde há muitos anos.

2004-07-11

Não falta dia nenhum

O Raúl nasceu hoje às 17:00 no Hospital de Sto.António.

Pontualmente às 8.30 lá nos apresentámo-nos hoje de malas feitas, com cara de mal dormidos ,com um pequeno almoço tomado à pressa, e reforçado com um café na confeitaria em frente ao hospital. Levantámo-nos ainda o sol não aparecera no horizonte, e saímos por volta das oito, a cidade ainda deserta, como sempre acontece aos Domingos de manhã, permitiu-nos uma viagem rápida, apenas algum movimento na praça vizinha da antiga cadeia da relação à volta da feira dos pássaros habitual nestes dias, o sol dava já um ar da sua graça às ruas da cidade e prometia um dia de calor apesar da frescura da manhã.

Cumpridas as formalidades próprias entrámos e o elevador levou-nos ao sétimo andar seguindo a indicação do recepcionista . Desta vez já nas novas instalações do hospital com uma vista formidável sobre miragaia e o rio. A sala de espera silenciosa e inundada pela luz da manhã esperava por nós. Como nos antecipámos à médica esperámos ainda vinte minutos. Após a sua chegada indicaram-nos de imediato o quarto reservado, duas camas apenas a 11 e a 12, a mãe, com pena, ficou com a segunda mais afastada da janela, a primeira ficou para a colega de enfermaria que entrou ao mesmo tempo que nós mas como ia à frente no caminho teve preferência na escolha, isto apesar de humildemente a ter oferecido à mãe, que no entanto não a aceitou. Nessa parte os pais foram convidados a sair com a promessa de voltarem momentos mais tarde. E assim foi, sentámo-nos cá fora e fomos trocando experiências, o dele também era o terceiro, ia ficar com três rapazes, sendo que o último já tinha vindo há quase doze anos, notava ele alguma diferença nas instalações , enfim conversa de pais, confessei-lhe que ainda não tinhamos nome, ele não se mostrou surprendido, também tivera algumas dificuldades, resolvera no dia anterior com a mulher que seria André. Uma hora e pico depois, fomos então chamados à sala de preparação de parto onde tinham instalados as mães, depois de terem posto um gel para induzir o parto, estavam a fazer gráficos, e ainda estava para durar, seguidamente foram como parte do processo convidadas a andar cerca de uma hora, e assim foi, durante uma hora lá andámos feito tolos às voltas na sala de espera, aproveitámos para acertar agulhas quanto ao nome, depois de várias combinações possíveis acentámos então que o primeiro seria RAÚL o segundo depois se veria, findo o periodo da caminhada, novo período de gráficos e nova aplicação de gel, sempre acompanhada pelos toques da praxe, três tristes dedos era a situação já ao início da tarde, a terapia não resultara ou então não foi eficiente, chegámos de manhã com um mísero dedo de dilatação, comeu uma sopinha para aconchegar o estômago e eu saí por volta da uma e meia da tarde para almoçar na Cafetaria do Museu Soares do Reis, apessadamente comi o quiche e o acompanhamento que o Melo surpreendido de me ver sozinho me serviu, veio ainda o bolo de chocolate, rematado com o café e o cigarro, Boa sorte desejou-me ele à saída, eram duas e meia. À chegada encontrei à porta o pai do André, que me contou as novidades, a segunda dose de gel apressou a situação e nesta fase tinham sido já encaminhadas para a sala de parto, uma para cada sala, já estavam com epidural com contracções que se vissem, estavam portanto as coisas de vento em popa. Esperámos então ali à vista das enfermeiras, para que nos chamassem para junto das respectivas mal houvesse oportunidade, ele esperou apenas alguns minutos, eu ainda fiquei sem perceber porquê mais algum tempo, estava já na fase em que qualquer porta a ranger me pareciam o chorar de um bebé. Chegou a vez de me chamarem, seriam então perto de quatro da tarde, entrei e contrariamente ao outro pai não me deram nem bata nem protecção para os sapatos, facto de que só deram conta já muito em cima do acontecimento, obrigando-me então a vestir devidamente, já o Raul dava mostras evidentes de estar saturado da situação, voltemos uma hora atrás, quando entrei para a sala de parto, a mãe estava para morrer, já não a via assim desde o Daniel Há cinco anos e meio, apesar da epidural as contracções batiam com força, uma anestesista aparentemente com pouca experiência tentava corrigir em vão a situação, estivemos nisto t`rês quartos de hora, então está a doer? perguntava a anestesista, sim respondia invariavelmente a mãe, intervaladamente a médica e a enfermeira vinham fazer o ponto da situação, já sente vontade de puxar perguntou a enfermeira, não respondeu a mãe, então ainda não é para já respondia ela enquanto olhava desconfiadamente a anestesista, a médica entrou e reparou, no gráfico que jorrava da impressora, que as contracções estavam mais acentuadas, esta foi forte não foi mãe, a mãe atordoada respondeu que não, se calhar a anestesia estava a fazer efeito, comentaram entre elas, eu permanecia ao lado da cama de parto segurando a mão da mãe e sentindo os seus apertos cada vez que as dores agudizavam, e tentando sem sucesso acalmá-la, nesta fase ainda não tinha como certo se iria testemunhar ou não o acontecimento, e ia-me tentando monitorizar tentando precaver algum desfalecimento no auge da acção. Às dez para as cinco tudo se precipitou alucinantemente, a mãe queixou-se-me que estava com vontade de puxar, eu sem muita esperança fui de imediato chamar a enfermeira, que veio de imediato e ficou contente com o que viu, está quase já tem um rebordosinho, não me perguntem o que é que não eram alturas para perguntas, sei que ela de imediato preparou os apetrechos, vestui as luvas pôs a bata, e foi chamar reforços, vieram quatro mais eu e ainda outras foram convocadas mas já chegaram tarde, abra as pernas repetiam ela que descontroladamente insistia em se torcer, olhe que vai magoar o bebé, gritavam já com cara de poucos amigos enquanto três a seguravam e a enfermeira com segurança tirava o Raúl cá para fora, eram cinco da tarde, a mim coube-me manter uma das pernas abertas de feição, ele num esforço maior saiu inundado pelos líquidos e por tudo o que sai de turbilhão, cinzento, cinzento mesmo era assim que ele vinha, uma enfermeira das que ajudavam segurou-o então pelos pés tal como se faz aos coelhos e manteve-o assim breves instantes reparei que os pés estaval roxos, logo de seguida levou-o para uma mesa nas minhas costas para o preparar, o que distraiu a minha atenção das entranhas que iam saindo, a mãe renasceu no instante imediato ao Raúl ter saído, parendo sair de um transe, pediu logo para ter contacto com ele sujo e cinzento como estava, antes ainda de passar a mesa dos preparos, pediram-lhe então mais um pequeno puxo para ajudar a placenta a descolar, ao que ela acedeu já muito bem disposta, o esforço trouxera-lhe algumas lágrimas que nesta altura já eram de felicidade, a mim também me foi difícil reté-las assim que o vi sair balbuciando o primeiro choro, coisa de que não tenho memória nos anteriores. Os preparos incluiram meter-lhe um tubo pelo gorgomilpo abaixo para lhe aspirarem as secreções e a aplicação por injecção da vitamina K (??), limparam-no e vestiram-no, lembraram-me entretanto das fotografias, eu náo esperei pela segundo aviso e corri a buscar as máquinas, que eram duas, e num instante lá foi um rolo, nas minhas costas houve ainda costura, mas breve, dois pontos apenas suportados estoicamente pela mãe .
Tudo pronto seguimos para a enfermaria, pude pegar então nele demoradamente, enquanto a mãe comunicava o acontecimento à sociedade pelo telemóvel. Ele é parecido com os outros bebés, é difícil nesta fase trazer os traços do bebé na memória para lembrar em casa. A mãe está radiante e contrariamente aos manos, não se faz notar na face o esforço da parto.

2004-07-10

O parlamento dissolve-se ?

Nesta fase é como fazer prognósticos no fim do jogo mas, aqui vai.

Parecia-me ser a decisão certa a que o PR acabou por tomar, desfazer o governo nesta fase iria sempre deixar suspensa a dúvida de, se a política seguida até aqui teria ou não os resultados pretendidos, deixando a porta aberta para outros, com anunciadas boas intenções retomarem o discurso do aperto do cinto, para quem já não tem mais furos.
Outra decisão que não esta, cheirava irremediavelmente a uma vitória de secretaria caso a esquerda vence-se as eleições, o que em todo o caso também não seria líquido.
Há um risco óbvio nesta linha de pensamento, que é, no fim da legislatura já nem a tanga restar. Vamos estar atentos.

O pior d'isto tudo ainda é a meteorologia não dar para irmos a banhos no fim de semana.

post it 1

Post it 2

2004-07-09

Faltam 3 dias

Ontem, última consulta no Sto.António, a repetição da semana passada, excepção feita a um ponto negro que deixou nas ruas da amargura a minha masculinidade.

Os gráficos da praxe e, uma vez que a situação não evoluiu nada, ou dito de outra forma, a Cria não está com vontade de sair, lá teve a doutora que empreender nova maldade, refeita da maldade, a mãe sentou-se para ouvir as últimas recomendações, - ter relações, - rela quê? pergunta a mãe que pensou não estar a ouvir bem, e a doutora confirmou, é que os fluídos libertados, informou ela, têm efeito indutor sobre o parto (estamos sempre a aprender), a mãe muito a custo, conseguiu conter o riso, que foi, mal saiu do consultório, libertar na casa de banho mesmo ao lado .
Aí está, se virem fumo para os lados lá de casa não se incomodem a chamar os bombeiros.

Mas há mais, e esta é que é uma novidade de relevo, se a cria não vier a bem até lá, Domingo às oito e meia da manhã temos estadia reservada no Sto.António, é que a doutora está de urgência e não quer deixar de ter o prazer de ajudar a trazer ao mundo a Cria, portanto é oficial faltam mesmo três dias (ou menos se a terapia resultar).

Moral da história : malta que está para dar à luz não se acanhem, a outra malta também não .


Speed date

Aqui está o novo esquema de acasalamento que vai pôr na falência bares e discotecas.
Se ainda não chegou cá, deve faltar pouco. Ter a hípótese de, num punhado de minutos trocar impressões com uma dúzia de potenciais dates, e depois é só escolher...



Este foi o original, criado com a ideia um tanto perversa de promover o acasalamento entre judeus, o idiota teve a intuição de que a continuidade do povo escolhido estaria ameaçada pela crescente mistura dos mesmos com os impuros.

2004-07-08

Esta gente não tem escrúpulos

2004-07-07

Aviso à navegação

Há net de borla na antiga praça de Lisboa, mesmo aos pés da Torre dos Clérigos, um ambiente ultra-calmo pode-se tomar um café nas esplanadas ler qualquer coisa, nem parece que se está no umbigo da cidade. O patrocínio é da C.M.Porto, o ambiente da sala pareceu-me um bocado para o juvenil no Domingo à tarde mas, como diz o povão (lê-se poboum), a cavalo dado não se olha o dente . Mais uma coisa, funciona até às 9 ou 10 da noite.

Livro de curso



AO DANIEL

A cegonha chegou
E trouxe-nos um bebé
Um menino aos caracóis
Era o Daniel José.

Olhos de Azeitona,
Só pensa em brincar,
Em comer gelados,
Até se fartar.

À noite, tarda a adormecer,
Dormir, nem pensar,
Há muito que brincar,
E o dia tem que durar.

Quando vai dormir
Uma história sempre quer ouvir
Para melhor adormecer
e também, nos enternecer.

Lá vai o Daniel José
Com o sorriso matreiro
Ele sempre bate o pé
Quando quer ser lambareiro.

Nosso primeiro filho nasceu.
Cinco anos, num instante passaram,
Agora vai para a escola, cresceu.
Mas, as recordações do jardim, ficaram.

Aos três anos foi para o jardim,
logo aprendeu a gostar,
umas vezes a trabalhar,
muitas outras a brincar.

Dos pais
(Nelson e Adriana)



Palavras do Daniel
“Já tenho uma mana,
agora quero um mano,
depois outra mana
e depois não quero mais nenhum”


Era o mês de Novembro
E o dia doce como mel
Nasceu um lindo rapazinho
Deram-lhe o nome de Daniel

Era moreno e gordinho
Com o cabelo encaracolado
Dormindo era o anjinho
Por todos adorado

Cresceu tem quase 6 anos
E continuava o mesmo amor
Que seja feliz para sempre
É o que pedimos ao senhor

Do padrinho
Fernando



Gosto muito de brincar com ele
É como um irmão para mim
É o meu primo querido
O meu amor não terá fim
Rita

Escrevo estes versos,
Só para te lembrar,
Que a partir de agora,
Também vais ter que estudar.

Acabou-se a brincadeira,
Durante horas sem fim,
Vem aí o ATL...
Acabou-se o Jardim :

Beijos da Madrinha
Raquel

Do Compadre

Empresa americana cria bananas com sabor a morango
http://www.diariodigital.pt/news.asp?section_id=60&id_news=133011

Uma empresa norte-americana pretende comercializar bananas com sabor a morango.
O produto estará disponível para testes na Europa e nos EUA já no próximo ano.

Vais ver que vai haver quem compre.Eu sugeria-lhes que fizessem morangos com sabor a morango, uma raridade nos dias que correm.


2004-07-06

Faltam 6 dias

Domingo comparecemos a um encontro matinal de Crias na praia da Granja, a nossa e a dos Lourenços que vem um mês atrás, coincidência também lá estava a dos Santos ainda envergonhada nos seus três meses, e também pelo menos outras duas que vieram arejar para a beira-mar, aliás o apelo do mar foi forte durante o fim de semana todo, já no Sábado o sol radioso da manhã nos levou à praia de Francelos, escusado será dizer dizer que estava o vento do costume, o Costa que também anuiu à ideia da praia trouxe o equipamento de protecção completo, atrás do qual se aninharam as cônjuges e respectivas crias, menos dadas a intempéries, a conversa levou-nos para junto da água, gelada para não variar, a maré a subir rapidamente, foi-nos empurrando para cima, de volta ao pé do acampamento, as crianças bastaram-se umas às outras nas brincadeiras, deixando a conversa (sempre muita) fluir sem interrupção . Voltando a Domingo e ao encontro, foi pouco o tempo para pôr a conversa em dia, a minha é maior que a tua, a tua é mais redonda, a minha é mais comprida, estás mais gorda que da outra vez, ... enfim conversas alusivas à ocasião, o relógio depressa nos lembrou que era tempo do almoço, ainda uma entrega de prendas tardia surpreendeu os nossos manos, no final o tradicional - temos que combinar -, sublinhava o tempo escasso do encontro.

Da Cria não há sinais ainda de qualquer agitação anormal, adiantam-se as malas que falta sempre mais alguma coisa (quase esqueciam os rolos fotográficos), apenas a nossa ansiedade que aumenta à medida que o tempo fica mais curto.

E Ferreira que nos hás-de guiar. Vai coleccionando informação. Dá cumprimentos à Monika.

ELOGIO DE PORTUGAL, UN PAÍS CON UNA FEROZ LIBERTAD DE EXPRESIÓN, DEL QUE LOS ESPAÑOLES TENEMOS MUCHO QUE APRENDER

O Costa deslumbrado, enviou-me este texto ultra-elogoioso sobre Portugal, visto do lado de lá da fronteira.

ElConfidencial

Dissolve-se o Parlamento ?

Mas quem é que se preocupa com o futuro do país???
O q tá a dar é a bola... isso do 1º Ministro não interessa nada... não ter
governantes!!!! tretas!!!

E para provar que assim é aqui vai em anexo o Hino...

R. Botelho

Está tudo doido !


HERÓIS DA BOLA
NOBRE POVO
NAÇÃO VALENTE IMORTAL
GANHAI HOJE DE NOVO
MAIS UM JOGO PARA PORTUGAL

ENTRE AS BRUMAS DA MEMÓRIA
Ó PÁTRIA SENTE-SE A VOZ
DE EUSÉBIOS E OUTROS MAIS
QUE HÃO DE GUIAR À V ITÓRIA

AOS GOLOS , AOS GOLOS !
SOBRE A RELVA DE ALVALADE
AOS GOLOS , AOS GOLOS
PELA PÁTRIA JOGAR
CONTRA A HOLANDA, GANHAR, GANHAR


PORTUGAL


PORTUGAL


VAMOS LÁ PESSOAL... VAMOS CRIAR A CORRENTE PARA A VITÓRIA.


FORÇA PORTUGAL!

Pedagogia

Da Bandeira nacional, enviou-me a mãe, a nossa continua, tal como muitas outras, na varanda à espera que uma rabanada de vento a leve de vez e não nos obrigue a confrontar de novo com tal símbolo das nossas ilusões.


Para ajudar a entender a nossa Bandeira


Significado dos símbolos e cores:

· As 5 quinas simbolizam os 5 reis mouros que D. Afonso
Henriques venceu na batalha de Ourique.
· Os pontos dentro das quinas representam as 5 chagas de
Cristo. Diz-se que na batalha de Ourique, Jesus Cristo crucificado
apareceu a D. Afonso Henriques, e disse: "Com este sinal,
vencerás!". Contando as chagas e duplicando as chagas da quina do
meio perfaz-se a soma de 30, representando os 30 dinheiros que
Judas recebeu por ter traído Cristo.

· Os 7 castelos simbolizam as localidades fortificadas que
D. Afonso Henriques conquistou aos Mouros.
· A esfera armilar simboliza o mundo que os navegadores
portugueses descobriram nos séculos XV e XVI e os povos com quem
trocaram ideias e comércio. Corresponde a 1/2 da altura da
Bandeira e com afastamentos equidistantes.

· O verde simboliza a esperança e campos verdejantes e
corresponde a 2/5 da largura.
· O vermelho simboliza a coragem e o sangue dos Portugueses
mortos em combate, e corresponde a 3/5 da largura.

Autores da Bandeira Republicana: Columbano, João Chagas, Abel
Botelho.

Do Compadre

Bem, este é mesmo demais, vejam esta página, vejam-na mesmo e sintam-se orgulhosos ... ou não.

2004-07-02

Faltam 9 dias

Prenhas, resmas delas, vagueavam hoje na sala de espera da consulta, passeando cuidadosamente o xixi para a análise, esperando pacientemente sentadas, de pé à espera de lugar, loiras, morenas, magras, gordas, com mais ou menos barriga, de todas, admiro as que ostentam orgulhosamente as enormes barriga desnudas, as da Ribeira como lhes chama desdenhosamente a mãe. Talvez por serem a minoria, atraem a atenção, têm um quê de erótico.
Mas vamos à nossa cria, que hoje foi um dia importante, e como tal o pai quis marcar presença, o mano também.
A.M.P. chamaram no altifalante, eram já dez horas, e já lá iam quase duas horas de Sto.António, com gráficos pelo meio, (para os leigos) gráficos são mesmo gráficos, põe-se um aparelhometro na barriga que vai medindo os movimentos da Crias, à procura das primeiras contracções, que vão sendo impressos em forma de gráfico numa fita para depois se mostrar à doutora, entrámos e depois dos cumprimentos da praxe, informada que esteve tudo bem nas duas semanas que decorreram desde a última consulta, a doutora convidou a mãe a passar para o lado de lá da cortina, a nós foi-nos graciosamente vedado esse previlégio, o que se passou do lado de lá da cortina foi muito rápido, pelo reflexo do vidro de um armário pude apenas vislumbrar a simpática doutora a vestir as luvas.
- Mãe hoje vou-lhe fazer uma maldade. Pode ser ? a resposta da mãe foi negativa, mas não demoveu a doutora da sua intenção, apenas pudemos ouvir um ai e dois uis, e já a doutora tirava as luvas.
O que há duas semanas estava fechadinho, ficara agora com um dedo de abertura. A doutora lançara o seu dedo (médio ou indicador?) para além do ponto G e furara o colo do útero.
Ùltima recomendação antes de sairmos, activar o alerta vermelho nos seguintes casos :
- Se rebentarem as águas;
- Se sentir contracções de parto;
- Se deixar de sentir a cria.

The dice are loaded

O rolhão mocoso, já estava quase perdido na memória este termo, mais uma vez para os leigos (perdoem-me o pretenciosismo), é como o nome indica uma rolha de muco (será qualquer coisa tipo ranhoca concentrada) que serve de tampa ao colo, a doutora furou-o e o muco irá saindo pela única via disponível nos próximos dias, quando a cria reparar que o invólucro já não tem tampa, vai querer espreitar e aí a gente agarra-a.
Temos portanto agora a mãe com o colo do útero furado.
Para a semana se a Cria quiser há nova consulta Quinta-feira.

O patinho feio

Deste campeonato da europa vai jogar com Portugal a final de Domingo, eram favas contadas para a República Checa não eram ?
Olhando agora para trás, o resultado do primeiro jogo nem foi muito mau, vamos a ver como vai ser último.

O PR vai ganhando tempo com todas as consultas que tem vindo a fazer, a ver se o pessoal ainda acorda a tempo na Segunda-Feira, depois da inebriação do Euro, e corrige o Golpe de Estado em marcha.

Populistas 98 !!! - Elitistas 3

O Público decidiu brincar às escondidas com a crónica de JPP desta Quinta-Feira e escondeu-a aqui. Malandros!

Juntando o teor da crónica ao do resultado do Conselho Nacional, a esta hora deve estar a ponderar a hipótese da adesão ao Bloco de Esquerda ou então refundar o Bloco (clube) de esquerda liberal.

Dissolve-se o parlamento ?

Na minha opinião não há nada para ninguém e sendo assim teremos um
1º ministro, apreciador da noite, e não só.... que provavelmente nunca seria
eleito se fosse a votos, esta é que é a verdade.
Costa

Aguardo mais massa crítica.

Quem vai assumir estes dois anos de Governo, o PSD, Durão Barroso ou Pedro Santana Lopes ? Estes dois anos e pico de Governo vão ficar sem julgamento público ?


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