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2004-08-30

Eco

Da notícia que também li no Público de ontem.

http://bloghdad.splinder.com/

2004-08-25

Fomos de férias

Com toda a gente de férias a fazer-nos inveja, decidimos quebrar a rotina e meter também um dia de folga, Domingo começámos por saltar da cama já o sol ia alto, fizemos as malas e saímos era quase uma da tarde, o dia apresentava-se com bastantes nuvens mas quente, nem bom nem mau, parámos para almoço logo a seguir, mal o carro entrou no estacionamento, as crianças perceberam que estávamos no McDonald´s das Antas e ficaram eufóricas de alegria, despachamos a fast food em grande velocidade, e apanhámos a A1 sentido norte sul como é da praxe numas férias dignas desse nome, parámos passava pouco das três à porta do Portugal dos Pequenitos, o sol já aberto obrigou a chapéu para todos, excepção para o Raul protegido pela cobertura do carrinho, pelo ajuntamento na zona da bilheteira, adornada sobretudo por emigrantes e malta do fato de treino, parecíamos ir encontrar muita confusão, efectivamente estava bastante gente mas fluía rapidamente, depressa nos encontrámos no interior cada um já com o seu sorvete, novo motivo de alegria para os manos, o Raul não dava sinal, adormecido pelo andar tremido do carrinho no empedrado irregular, também, já tinha reforçado o almoço enquanto eu e os manos nos adiantámos a comprar as entradas, vimos de passagem a primeira parte reservada aos antigos territórios coloniais, resquício ainda de uma época ultrapassada, demorámo-nos no Portugal em miniatura, as crianças deliraram e deixaram-nos a cabeça a roda a ver por que porta iam sair e em que janela iam aparecer, por instantes tivemos mesmo que gritar pelo Daniel que se eclipsara entre o casario, no parque infantil demorámo-nos mais um pouco para aliviarmos o farnel que já pesava no meu lombo, o Raul também teve a dose dele e estava feita a tarde, ficou por ver um espaço no chamado “relógio de sol” que não chegámos a perceber o que era.
É uma visita quase obrigatória para as crianças, o espaço parece gozar ainda de uma fama adquirida noutros tempos, parece ter havido algum esforço, ainda que insuficiente, para se actualizar, a mais-valia continuam a ser as miniaturas das casa e monumentos, e seria por aí a aposta, espaços tipo pavilhões disto e daquilo já estão ocupados por soluções com outro potencial, pareceu-me faltar uma esplanada sobretudo no espaço do parque infantil, onde se possa descansar a comer alguma coisa para além dos gelados e bebidas vendidos em espaços pouco dignos.

O regresso reservou-nos uma estrada bastante preenchida, outros que como nós regressavam de férias.

2004-08-20




Tártaros, Cossacos e Ordem Teutónica

Por força das andanças dos Ferreiras o interesse pela história alargou-se geograficamente a leste, ficam algumas pistas para navegação.

Because they were so fierce, the Mongols in Europe became known as the Tartars, from the Greek word "Tartarus" which meant "devils."

http://66.188.129.72:5980/History/PreModernEurope/pl-2period_of_fragmentation.htm#tartars

Os tártaros na memória já muito distante de uma série de televisão, ainda no tempo em que só havia dois canais a preto e branco e a emissão começava ao fim da tarde e toda a programação que vinha a rede era peixe, eram os maus que, com uma espada em brasa cegaram Miguel Strogof, que depois de muitas peripécias e alguns capítulos passados acabou por recuperar a visão.
A torre na praça Rynek Glowny viu-os e é essa uma das motivações do interesse por aquilo que se chamam os monumentos, e que o Daniel perguntava há dias o que eram, o de serem as únicas testemunhas físicas que restam da história. Neste caso de uma época de medo, uma época em que o direito vigente era a lei do mais forte.

THE IMPORTANCE OF KRAKOW
Krakow was the seat of power in Poland by the period of fragmentation. Located in Little Poland, it held military significance as a fortified garrison. It further had become the focal point of major trade routes and was of utmost economic significance. During the 11th century, it was already recognized as the cultural hub of Poland, and "by the end of the 13th century the city had become the focus of sentiment for Polish unity."






http://66.188.129.72:5980/History/PreModernEurope/teutonicknights.htm


Um ciclo vicioso

E difícil de quebrar, o do predomínio do futebol nos jornais desportivos.
Isto vem a propósito das manchetes dos jornais desportivos que se podiam encontrar nas bancas no Domingo, numa incursão madrugadora à baixa, aproveitando a inactividade das crianças que ainda dormiam e o sossego das manhãs de Domingo. Na Praça da Liberdade vagueavam já os primeiros turistas, típicos, aos pares ele e ela, ele de mochila e guia na mão ambos vestidos com roupas leves eles de calções elas de mini-saia ou também calções, o calçado confortável e o andar de cabeça levantada, espanhol e italiano era o que se podia ouvir, as floristas, poucas para o costume lançavam o habitual – Quer alguma coisinha ? a quem passava, eu, quis um molho de rosas vermelhas para a tia/madrinha que fazia anos .
Voltando aos jornais, espreitei então os títulos dos desportivos à procura de alguma medalha olímpica que me tivesse escapado, para minha surpresa os títulos que dominavam as manchetes aludiam à vitória da véspera, num jogo a feijões, do Benfica sobre o Estoril, notícias sobre outras medalhas não havia, nenhuma tinha passado despercebida, e a de prata obtida pelo ciclista Sérgio Paulinho, era remetida para minúsculos apontamentos marginais nas primeiras páginas.
O ciclo pode descrever-se da seguinte forma, os jornais que não são, como diria um colega, nenhumas misericórdias, focam a sua atenção numa fonte segura de vendas de papel - o futebol -, eclipsando todas as outras modalidades que são renegadas para notas de pé de página, desta forma as pessoas não tendo notícias de outros desportos centram a sua atenção quase em exclusivo no futebol.
Parafraseando o anúncio, - Eu ainda sou do tempo em que se conheciam de cor quase todos os desportistas de topo das várias modalidades, desde o hóquei à natação passando pelo andebol, basquete, ténis, etc.
Uma forma de atenuar seria o poder político aparecer também junto destas modalidades, que, levando os media atrás dariam seguramente visibilidade acrescida, outra seriam os meios de comunicação públicos, enquanto ainda existem, não responderem às motivações da mão invisível, e contrabalançarem o fenómeno dando espaço de antena para as modalidades menos focadas aparecerem, resta ainda a dinamização de uma vez por todas do desporto escolar. Isto tendo em consideração que socialmente é, por muitas razões, importante a prática desportiva pela população em geral.

2004-08-16

Mais fotos



Esta é digna da propaganda do Bloco.





A posição em que melhor dorme, de volta à origem.


Há mais no sítio do costume.

Cartier-Bresson



1955, Portugal, Região do Douro

Assim reza a legenda desta foto, na Grande Reportagem de Sábado passado, quando o correcto seria :

1955, Miragaia (Largo da Praia), Porto, Portugal.

A foto dos manos trajados com as batas do infantário de há dias é nas ruelas por trás do casario que se vê nesta foto.

2004-08-12

1 Mês

Ontem foi dia de festa, cantaram as nossas almas e houve direito a rancho melhorado : cabidela de frango, bola de carne de Montalegre e bolo de nozes de Valpaços acompanhado de um Porto reserva de 1994.
Os manos ajudaram entusiasmados na feitura do bolo, a Gabriela enquanto ajudava ia metendo o dedo na massa.
O aniversariante não estava para festas, algo o indispunha, não havia posição no colo que o aguentasse calado, ainda por cima, este tinha que ter a mania de não aceitar a chupeta, já a Gabriela nunca foi capaz de beber pelo biberão, passou a beber de palhinha assim que deixou de mamar, o Raul não quer rolha, que tanto jeito faz como sedativo nestas alturas, assim, temos de o ir trocando de posição até acertarmos com uma em que fique sossegado uns instantes, são daquelas situações que não se encontram nos livros de instruções, leva também a que as visitas aguentem pouco tempo com ele no colo.

Hoje sai do banho estava o Raul já todo janota pronto a sair para a pediatra, macacão de ganga e camisola vermelha e sapatos azuis a condizer, roupa de homem dizia-lhe a mãe avisando-o que lhe vestia roupa de bebé (babygrow) se se sujasse (o brincar às bonecas que ela faz com muito gosto). Aos manos custou-lhes imenso sair do ninho, a festa tinha durado até tarde e o sono pesava, mas tinha que ser, iam ficar com os tios enquanto o Raul ia à consulta. O Raul terá gostado da fatiota, esteve bem disposto e sem reclamar o tempo de nos vestirmos mas, a paciência esgotou-se-lhe e logo deu sinal de si ao que o Daniel logo lhe ralhou – então já tens um mês e ainda choras ! Saímos caíam ainda os últimos pingos destes dias de Inverno estival.
A consulta saldou-se por um – Está óptimo., o peso vai acima dos 4,100 quilos, e a fita métrica marca mais 5 centímetros, as ligeiras preocupações que nos apoquentavam parecem definitivamente postas de lado.

2004-08-05



- estava em falta a Gabriela




- O trio.



- Os manos nas ruas da nossa cidade, o Daniel despede-se da bata.

em http://cria.fotopages.com/

Fotos ainda dos primeiros dias.


2004-08-04

Reclamação

Ontem ter-se-á fechado o ciclo de primeiras visitas da família mais chegada ao Raul, os primos de Lisboa, o brincar aos nenucos que já se tinha visto com a Gabriela voltou, desta vez a prima já tem sete anos, mas ainda assim não desgrudou de perto, pegou ao colo, mudou fralda,..., fez birras quando a afastavam. Sairam já a noite ia avançada, a Gabriela já dormia, restava a empreitada de adormecer o Daniel, como tinha levado as postas dos ferreiras para mostrar à mãe, elas fizeram as vezes da história para adormecer, ele ouviu com atenção, foi pondo as suas dúvidas sempre muito pertinentes - o que são monumentos? inquiriu, quando a mãe lhe contava que o Compadre estava cansado que tinha visto muitos, a mãe lá deu a volta ao texto, e chegou a parte onde são mencionados os nomes dos manos, aí é que a porca torceu o rabo, os nomes não vinham pela ordem correcta, ele é o primeiro e não a Gabriela, a situação amenizou apenas quando chegou a parte do brinquedo.

O Raul está de dia para dia mais cheio, da expressão sobressaem agora os olhos enormes e de côr ainda indefinida quando está acordado e apenas uns traços muito leves no rosto levemente rosado quando dorme, o nariz parece-me mais avantajado que a memória já loginqua que tenho dos manos, e surpreendentemente rijo, faz-se notar quando no nosso colo ao alto é incapaz de se equilibrar e nos parece dar bicadas, - pica-pau, chamáva-lhe a mãe carinhosamente estes dias. O pouco cabelo parece mais da côr do da Gabriela, é mais escasso no cimo da cabeça o que lhe dá um ar calvo cómico.

A propósito

De um momento de televisão que o sono deitou a perder


Cântico Negro


"Vem por aqui" - dizem-me alguns com olhos doces,
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho os com olhos lassos,
(Há nos meus olhos ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...

A minha glória é esta:
Criar desumanidade!
Não acompanhar ninguém.
- Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre a minha Mãe.

Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...

Se ao que busco saber nenhum de vós responde,
Porque me repetis: "Vem por aqui"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...

Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.

Como, pois, sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?
Corre nas vossas veias sangue velho dos avós.
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...

Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátrias, tendes tectos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios.
Eu tenho a minha Loucura!
Levanto-a como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...

Deus e o Diabo é que me guiam, mais ninguém.
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou,
- Sei que não vou por aí!

(José Régio)


2004-08-01

Fintou-me

-Compras-me chiclas ?
Insistia ele nos intervalos em que ele deixava de jogar para eu espreitar os meus interesses, - não tenho dinheiro, respondia-lhe eu pensando ter arrumado a questão. Passado algum tempo, -ó pai quero água. espera que já te vou comprar, respondo, replica ele - então não tinhas dinheiro para chiclas, e já tens para água.

Cracóvia

Esta semana vou estar por lá, se não fisicamente, certamente em espírito.

Há por lá mais um Ferreira, à espreita.

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