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2004-03-31

Faltam 102 dias



Domingo levamos a Cria a Viseu ao aniversário da prima, a mais nova, pelo menos até Julho, não gostou da viagem, mal saiu do carro fez a mãe inundar de vómito a Rua Direita, já os manos também foram muito dados ao vómito, lembro-me da mãe contar do D quando trabalhava ainda nos vinhos, um dia lambareira, levou uma fatia de bola de carne para comer no emprego, mal acabou de a meter dentro nem teve tempo de a saborear, com muita pena, correu á casa de banho para a deitar fora.
Chegamos já tarde a Viseu, depois de calcorrearmos a Rua Direita do início ao fim, lá arranjamos poiso para almoçar num restaurante manhoso, ainda assim correu bem, tivemos a sala só para nós, o que deu para os manos depois do almoço, sairem da mesa e espraiarem a sua energia entre as mesas, sem incomodarem a vizinhança.
Seguimos depois para casa dos tios, onde a família pode admirar e sentir a Cria. A Sogra não achou boa a ideia da mãe vestir uma indumentária que mostrava as maneiras, mostrar mostrar não mostrava, mas sendo bastante justa, evidenciava para além das Cria também o alimento, e a Sogra não apreciou que outros fossem comendo com os olhos.

Na semana passada fizemos a G emigrar para o quarto ao lado, que ficou agora com capacidade para três inquilinos - e sem espaço para brincadeiras - , mas surpreendentemente temos acordado com ela no nosso meio. – Foste tu que a trouxeste ? pergunta-me a mãe de manhã, não, ela vem sozinha assim que o sono alivia e deita-se entre nós, sem sequer darmos por isso. Nos primeiros dias chorava a meio da noite, corríamos logo a dar-lhe a chupeta e ficava como um anjo.
Sobra agora o problema de termos que adormecer os manos em dois turnos.
Tem sido assim, de dois em dois anos, temos o quarto só para nós durante um par de meses, ainda assim vale o trabalho de desmontar o berço, ainda que, para o montar daqui a pouco.

No Sábado, mais um aniversário, aproveitado para troca de cumprimentos entre crias, a nossa e a dos Lourenços que, nascerá em Agosto. Conversa em dia, um litro de cerveja no papo e comigo um tanto zonzo seguimos para o programa nocturno – depois de deixarmos os manos com a avó - , que meteu a Boca, em cena na casa do vinho verde, e já na companhia de um casal amigo que dará o nó no próximo mês. Havia muito a dizer da Boca, mas o que verdadeiramente nos levou lá, foi a encenação ser da vizinha de cima. Rematamos ainda a noite no café concerto do Rivoli, concerto só no nome, a música era gravada e incomodativamente alta para se conversar, o piano estava lá, mas estava agasalhado á espera de melhores dias.



1949, óleo sobre tela, 51x62 cm
Museu Municipal Abel Manta, Gouveia



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