2004-05-12
Há 3 anos neste dia era Sábado
-Abre a porta !
-Abre tu, não vês que estou ocupada.
Gritou ela da cozinha.
-Ocupada. Estás ai a brincar aos profiteroles, e não podias abrir a porta ?
- E tu ? Estás aí alapado a coçá-los.
Eram os Sequeiras à porta, vinham tomar café e pôr a conversa em dia, e amenizar mais um dia a dois duro de roer, traziam a sua cria que tinha feito o seu primeiro aniversário havia poucos dias.
- Então estás porreiro. Está quase, se calhar ainda vai ser hoje.
Atirou o Sequeira com a sua habitual boa disposição, a ele, que se tinha resignado a abrir a porta .
A Sequeira seguiu para a cozinha, depois de o cumprimentar.
-Deixa ver? Ei! está quase a rebentar.
Comentou, olhando ainda à distância.
-Que estás a fazer? Bolos. Vamos ter festa.
-São para o chá.
- Ó Sequeira, estamos cheios de sorte, vamos ter bolos.
Gritou ela da cozinha para a sala.
Tomaram-se os cafés, e separaram-se as águas, homens na varanda, mulheres na cozinha. Na varanda ele aproveitou para fumar calmamente um cigarro, que em casa nem pensar, e saborear a companhia do Sequeira, que depois dos casamentos de ambos era cada vez mais espaçada.
O D tinha vindo ver quem entrou, espreitou a cria dos Sequeiras, mas esta não era ainda boa companhia para bricadeiras, deu umas piruetas no ar nos braços do Sequeira e satisfeito voltou para o que o entretinha no quarto.
Na cozinha, ela tinha acabado de rechear os profiteroles, e preparava agora a cobertura, e eis que, uma ligeira dôr lhe percorre o ventre.
A Sequeira que deu pelo esgar de dôr na face perguntou-lhe.
- Que foi rapariga, não me digas que vai ser hoje?
Aquela sensação, não era estranha para ela, tinha passado por ela, fez precisamente no dia anterior dois anos e meio. vamos esperar para ver respondeu ela.
E não foi preciso esperar muito, passados poucos minutos, ali estava ela de novo, desta vez com mais intensidade.
- Olá !!, vai ser hoje !!.
Gritou a Sequeira para os homens que já estavam na sala.
- O quê ?
Retorquiram eles. Vais ser pai outra vez, é hoje, explicitou ela.
Ele levantou-se de um salto, e foi à cozinha tirar a limpo.
- Estás com contracções ?
Perguntou ele, ao que ela respondeu afirmativamente, então vamo-nos preparar para sair, rematou ele.
- Vamos esperar um bocado.
Disse ela lembrando-se das doze horas que tivera que esperar no hospital da outra vez, até o D resolver sair.
- Não estámos aqui a fazer nada, ao menos no hospital tens assistência médica.
A Sequeira reforçou o argumento, e ficou decidido que sairiam logo que a mala estivesse concluida, os Sequeiras levariam o D, já de pijama. a casa dos os avós e ficaria lá essa noite.
E assim foi, tudo preparado, deixando para trás os profiteroles a meio e a intenção do chá e depois de um beijo de despedida ao D. - A mãe vai buscar a mana bébé . Seguiram cada um o seu caminho, os Sequeiras em direcção ao Infante a casa dos avós, e eles, eles tomaram a Constituição em direcção a poente, procurando fintar o trânsito acumulado na baixa devido a um fogo de artifício que havia nessa noite na Ribeira, comemorando qualquer acontecimento. A finta compensou, o caminho fez-se calmamente, aproveitaram para acertar agulhas e deixar para trás mais esse dia cinzento entre eles.
Chegaram ao Sto.António era quase meia-noite, o carro ficou quase à porta, e ainda bem porque nessa altura as contracções eram bem menos espaçadas.
Enquanto ele tratou da burocracia no guichet, o porteiro franqueou a porta amistosamente, sem perguntas, percebendo ao que vinham.
Há 3 anos no dia de amanhã era Domingo.
-Abre a porta !
-Abre tu, não vês que estou ocupada.
Gritou ela da cozinha.
-Ocupada. Estás ai a brincar aos profiteroles, e não podias abrir a porta ?
- E tu ? Estás aí alapado a coçá-los.
Eram os Sequeiras à porta, vinham tomar café e pôr a conversa em dia, e amenizar mais um dia a dois duro de roer, traziam a sua cria que tinha feito o seu primeiro aniversário havia poucos dias.
- Então estás porreiro. Está quase, se calhar ainda vai ser hoje.
Atirou o Sequeira com a sua habitual boa disposição, a ele, que se tinha resignado a abrir a porta .
A Sequeira seguiu para a cozinha, depois de o cumprimentar.
-Deixa ver? Ei! está quase a rebentar.
Comentou, olhando ainda à distância.
-Que estás a fazer? Bolos. Vamos ter festa.
-São para o chá.
- Ó Sequeira, estamos cheios de sorte, vamos ter bolos.
Gritou ela da cozinha para a sala.
Tomaram-se os cafés, e separaram-se as águas, homens na varanda, mulheres na cozinha. Na varanda ele aproveitou para fumar calmamente um cigarro, que em casa nem pensar, e saborear a companhia do Sequeira, que depois dos casamentos de ambos era cada vez mais espaçada.
O D tinha vindo ver quem entrou, espreitou a cria dos Sequeiras, mas esta não era ainda boa companhia para bricadeiras, deu umas piruetas no ar nos braços do Sequeira e satisfeito voltou para o que o entretinha no quarto.
Na cozinha, ela tinha acabado de rechear os profiteroles, e preparava agora a cobertura, e eis que, uma ligeira dôr lhe percorre o ventre.
A Sequeira que deu pelo esgar de dôr na face perguntou-lhe.
- Que foi rapariga, não me digas que vai ser hoje?
Aquela sensação, não era estranha para ela, tinha passado por ela, fez precisamente no dia anterior dois anos e meio. vamos esperar para ver respondeu ela.
E não foi preciso esperar muito, passados poucos minutos, ali estava ela de novo, desta vez com mais intensidade.
- Olá !!, vai ser hoje !!.
Gritou a Sequeira para os homens que já estavam na sala.
- O quê ?
Retorquiram eles. Vais ser pai outra vez, é hoje, explicitou ela.
Ele levantou-se de um salto, e foi à cozinha tirar a limpo.
- Estás com contracções ?
Perguntou ele, ao que ela respondeu afirmativamente, então vamo-nos preparar para sair, rematou ele.
- Vamos esperar um bocado.
Disse ela lembrando-se das doze horas que tivera que esperar no hospital da outra vez, até o D resolver sair.
- Não estámos aqui a fazer nada, ao menos no hospital tens assistência médica.
A Sequeira reforçou o argumento, e ficou decidido que sairiam logo que a mala estivesse concluida, os Sequeiras levariam o D, já de pijama. a casa dos os avós e ficaria lá essa noite.
E assim foi, tudo preparado, deixando para trás os profiteroles a meio e a intenção do chá e depois de um beijo de despedida ao D. - A mãe vai buscar a mana bébé . Seguiram cada um o seu caminho, os Sequeiras em direcção ao Infante a casa dos avós, e eles, eles tomaram a Constituição em direcção a poente, procurando fintar o trânsito acumulado na baixa devido a um fogo de artifício que havia nessa noite na Ribeira, comemorando qualquer acontecimento. A finta compensou, o caminho fez-se calmamente, aproveitaram para acertar agulhas e deixar para trás mais esse dia cinzento entre eles.
Chegaram ao Sto.António era quase meia-noite, o carro ficou quase à porta, e ainda bem porque nessa altura as contracções eram bem menos espaçadas.
Enquanto ele tratou da burocracia no guichet, o porteiro franqueou a porta amistosamente, sem perguntas, percebendo ao que vinham.
Há 3 anos no dia de amanhã era Domingo.
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