2004-09-22
Calças de marca
HAITI: Escravos do bicentenário
» O Banco Mundial financia a instalação de uma empresa conhecida por atos brutais e arbitrários contra os operários e desrespeito ao direito sindical para fabricar as famosas Levi's 505 e 555. Hoje, deflagrada a mobilização operária, militares à paisana mantêm a « ordem » nas instalações da empresa.(por Maurice Lemoine, enviado especial)
Le monde diplomatique (edição Brasil, não existe a edição portuguesa on-line)
Longe dos olhares dos fotógrafos de publicidade, algures no meio de nada na fronteira entre o Haiti e a República Dominicana. Nada que não se suspeite, ficam a faltar notícias da China, da Indonésia, da Tailândia e muitos outros lugares de onde não chegam os ecos de outros atentados como este à dignidade humana.
A propósito, reuniram-se há dias em Fátima as jornadas missionárias, uma das faces positivas da igreja católicas, gente que, afastada das luzes da ribalta, faz chegar aos lugares mais esconços do mundo alguma luz, e que concerteza teria muitas coisas muito interessantes para contar. A esses lugares onde gente é retalhada para venda, onde se morre de fome abundantemente, onde se toma consciência do quanto se consegue escrever numa folha de papel.
HAITI: Escravos do bicentenário
» O Banco Mundial financia a instalação de uma empresa conhecida por atos brutais e arbitrários contra os operários e desrespeito ao direito sindical para fabricar as famosas Levi's 505 e 555. Hoje, deflagrada a mobilização operária, militares à paisana mantêm a « ordem » nas instalações da empresa.(por Maurice Lemoine, enviado especial)
Le monde diplomatique (edição Brasil, não existe a edição portuguesa on-line)
Longe dos olhares dos fotógrafos de publicidade, algures no meio de nada na fronteira entre o Haiti e a República Dominicana. Nada que não se suspeite, ficam a faltar notícias da China, da Indonésia, da Tailândia e muitos outros lugares de onde não chegam os ecos de outros atentados como este à dignidade humana.
A propósito, reuniram-se há dias em Fátima as jornadas missionárias, uma das faces positivas da igreja católicas, gente que, afastada das luzes da ribalta, faz chegar aos lugares mais esconços do mundo alguma luz, e que concerteza teria muitas coisas muito interessantes para contar. A esses lugares onde gente é retalhada para venda, onde se morre de fome abundantemente, onde se toma consciência do quanto se consegue escrever numa folha de papel.
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