2005-03-14
Uma mistura do Rocky do Stalone com o Fala com ela do Almodovar, eis uma visão possível do filme do momento. Fomos vê-lo hoje à sessão dos teenagers, que como nós têm dificuldade em sair à noite, preferindo eles o Aviador do Scorcese perdemos o mastigar crocante das pipocas e ganhamos uma sala a meio pau.
Dois reparos;a personagem da "artista" pareceu-me pouco consistente, uma pessoa que já vai nos trinta anos sem gajos pelo meio vivendo só do servir à mesa... e os cromos do rendimento mínimo soaram-me a propaganda republicana, ou então se calhar é preconceito pelas simpatias políticas do realizador/actor principal.
Um suspiro de saudade pelo tempo em que ao cinema se ia a pé, e os cinemas tinham individualidade, nomes como Batalha, Águia de Ouro e Trindade e sobretudo por no fim do filme não sermos lançados numa praça, dita da alimentação, que nos tolhe a vontade de mastigar o filme. Tem intervalo perguntei inocentemente ao ver que havia lugares marcados, coisa também rara nos dias que correm, o que leva a uma idiota prova de marcha acelerada depois de passar o pica bilhetes numa corrida aos melhores lugares, e não podemos ir em rebanho porque torna-se quase impossível arranjar lugar para mais do que duas pessoas juntas, e chocolates e tempo para um cigarro e hipótese de ver às claras quem estava na sala.
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