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2005-07-07

«Qualquer dia um gajo chega a casa e nem tem força p´ra foder»

Dizia alguém, visivelmente alterado, ao meu interlocutor do outro lado da linha. Concordo perfeitamente com a queixa, sugiro até mais ambição; reclamava também chegar a casa a tempo de jantar com as crias.
Como diria o defunto camarada Cunhal - O patronato apanha boleia do desfalecimento da economia para espremer o povo trabalhador.
E com isto vêm-me à memória ensinamentos sábios do Engº. Belmiro, desta vez no último prós-e-contras, não entendo, dizia ele, a exigências que as pessoas fazem em trabalhar menos uma, duas horas o que é que isso adianta, para depois ficarem a ver mais televisão. O contra-argumento, ainda que mais próprio do tempo em que não havia televisão, está no início. A lata deste Engº. em querer comandar o pouco tempo de liberdade que sobra depois de um dia de trabalho, tenha ele certeza que qualquer novela mesmo daquelas dobradas, ou qualquer jogo de futebol mesmo a feijões, são bem melhores que uma ou duas horas a esfregar os artigos no laser da caixa de um Continente.
É certo que todos temos que comer, e que o dinheiro não cai do céu, blá, blá,blá...mas também é certo que todos deviamos comer, senão pela mesmo medida, pelo menos por uma mais justa, e também não será menos certo que há vida para além do trabalho.

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