2005-07-23
Tau-Tau
Há por aí muitos que acham que isto só vai lá com muito tau-tau, que as gentes se portaram mal; gastaram o que não tinham, lambuzaram-se em férias e viaturas topo de gama e agora estão afogados em prestações, tomem lá! muito tau-tau, que isto só vai ao sítio com alguém de pulso firme, que temos todos (ou quase) que penar muito, muito, muito por tão terriveis pecados. Para estes é uma má notícia a troca de cadeira nas finanças, o Ex, com o seu ar de quem se ri pouco, personificava na perfeição o pai austero, tão ao gosto deles, sempre pronto a arrear duas solhas bem aviadas, ou, numa versão mais cócó, dois açoites no rabo.
Eu, que já sou crescidinho , dispenso de bom-grado a minha dose, ainda por cima, p´ra mal dos meus pecados, sempre fui dos bem-comportados, nunca pisei o risco (e não ganhei muito com isso), punha sempre o dedo no ar e respondia certeiro e, quando era requisitado para ir ao quadro não fazia má cara, tenho documentos que atestam o meu bom comportamento: as minhas fichas de avaliação trimestral, que rezavam trimestres a fio; "é assíduo e pontual" entre outras sentenças bastante a meu favor.
Portanto, amigos do tau-tau, eu por mim passo.
Só uma coisa a que vamos estar atentos a propósito do tratamento dado pela imprensa ao prof.Teixeira dos Santos . A capital normalmente é pouco meiga para aqueles que não andaram juntos nas suas escolas e liceus e que agora são jornalistas, homens de negócios, políticos, ou somente comentadores encartados, enfim gente que na sua juventude frequentou os anos uns dos outros. Quero com isto chegar ao seguite: parecendo que não, esta coisa do mérito constroi-se mais vezes do que pensamos à custa da teia de relações que as pessoas vão construindo ao longo da vida, é que, é mais fácil deitar abaixo alguém com quem a gente nunca se cruzou ou terá pouca hipótese de se cruzar, alguém que nunca deu uma palavra amiga por uma prima que nem tinha muito jeito para o lugar mas..., alguém que dificilmente terá laços de parentesco ainda que remotos.
Há por aí muitos que acham que isto só vai lá com muito tau-tau, que as gentes se portaram mal; gastaram o que não tinham, lambuzaram-se em férias e viaturas topo de gama e agora estão afogados em prestações, tomem lá! muito tau-tau, que isto só vai ao sítio com alguém de pulso firme, que temos todos (ou quase) que penar muito, muito, muito por tão terriveis pecados. Para estes é uma má notícia a troca de cadeira nas finanças, o Ex, com o seu ar de quem se ri pouco, personificava na perfeição o pai austero, tão ao gosto deles, sempre pronto a arrear duas solhas bem aviadas, ou, numa versão mais cócó, dois açoites no rabo.
Eu, que já sou crescidinho , dispenso de bom-grado a minha dose, ainda por cima, p´ra mal dos meus pecados, sempre fui dos bem-comportados, nunca pisei o risco (e não ganhei muito com isso), punha sempre o dedo no ar e respondia certeiro e, quando era requisitado para ir ao quadro não fazia má cara, tenho documentos que atestam o meu bom comportamento: as minhas fichas de avaliação trimestral, que rezavam trimestres a fio; "é assíduo e pontual" entre outras sentenças bastante a meu favor.
Portanto, amigos do tau-tau, eu por mim passo.
Só uma coisa a que vamos estar atentos a propósito do tratamento dado pela imprensa ao prof.Teixeira dos Santos . A capital normalmente é pouco meiga para aqueles que não andaram juntos nas suas escolas e liceus e que agora são jornalistas, homens de negócios, políticos, ou somente comentadores encartados, enfim gente que na sua juventude frequentou os anos uns dos outros. Quero com isto chegar ao seguite: parecendo que não, esta coisa do mérito constroi-se mais vezes do que pensamos à custa da teia de relações que as pessoas vão construindo ao longo da vida, é que, é mais fácil deitar abaixo alguém com quem a gente nunca se cruzou ou terá pouca hipótese de se cruzar, alguém que nunca deu uma palavra amiga por uma prima que nem tinha muito jeito para o lugar mas..., alguém que dificilmente terá laços de parentesco ainda que remotos.
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