2005-08-26
Dia 1 (continuação)
Soltámos ainda o Raul na Plaza para desentorpecer, fizemos o caminho para trás em direcção ao carro e tomámos a direcção de Valladolid onde parámos, já noite, numa área de serviço manhosa para "jantarmos", ao nosso lado outro carro de tesos onde também se falava português deitava-se igualmente abaixo o jantar também trazido de casa, aparentavam ser emigrantes talvez na viagem de regresso a casa.
Próxima meta Burgos, mais cento e poucos quilometros, os miúdos adormeceram entretanto, o Daniel ao acordar de manhã haveria de perguntar se já chegámos a Burgos, nessa altura já estávamos quase em Bordéus. mais uma paragem, mais uma área de serviço, mais um café "solo".
Só quase quinze dias depois, já de volta a Espanha, percebi a história do café "solo" quando a empregada ao meu pedido de um café me pergunta - Com leche ? o resposta óbvia -Solo.
A fauna que povoa as áreas de serviço durante a noite é curiosa, há sempre dois ou três ensonados a rodear as máquinas de café aos quais eu me junto, nesta havia duas moças de leste (à boleia??) que saltaram de um camião ainda com a pouca roupa do dia quente e se apressaram a vestir casacos compridos ao darem com o fresco da noite, desapareceram em direcção ao WC, ao balcão ainda se deitava abaixo comida de prato acompanhada por uns copázios de tinto. O Raul tambem aproveita para deitar abaixo qualquer coisa os manos hão-de dormir até de manhã.
Próximas referências no mapa: Vitória e San Sebastian ou Donostia como se diz em Basco. A co-pilota solidária mantém-se acordada e vai forçando a conversa para afastar o sono. Há sempre um ou dois carros há vista na estrada. As estações de serviço estão repletas de carros parados com gente a roncar, já em frança haveria mesmo emigrantes magrebinos de regresso com a trouxa no tejadilho embrulhada em plástico, nós também levámos a nossa trouxa no tejadilho só que de forma mais sofisticada.
Dia 2
Passámos a fronteira por volta da 4 horas, ainda abastecemos na última estação de serviço antes da fronteira para aproveitar o preço da gasolina -1 euro-, o próximo abastecimento haveria de ser já a 1,30 eur., mas com pouco esforço descobria-se gasolina nos Intermarchés e outros que tais ao nosso preço exorbitante de duzentos e quarenta paus -1,20 eur.-.
Fizemos mais uma hora e pouco de estrada e parámos para encostar a cabeça.
Por volta das sete, já o dia começava a clarear, retomámos o caminho, o dia revelava-se enevoado e começou a cair uma chuva miuda e teimosa que nos acompanhou durante as duas horas seguintes de viagem, voltámos a parar para o pequeno almoço já próximo de Bordéus, eram 8 horas.
É quase como ir ao Continente naqueles dias em que se está para aí virado, a excitação da abordagem às estações de serviço, as prateleiras cheias de coisas simpaticamente ataviadas, dá-se uma olhadela aos mapas, outra aos produtos da região (Aquitaine), outra às bolachas, nos livros uma edição de bolso do Código Da Vinci em Francês em conta, compra-se uma garrafa de água ao preço do ouro e saí-se com o prazer de quem come com os olhos. Não esquecer de fazer o xixi.
Algum tránsito, mas sempre fluido; roulotes, atrelados, malas de tejadilho e quase sempre as bicicletas para a família toda, mesmo que desajeitadamente encavalitadas no vidro traseiro, ninguém fica em casa por estes lados. Faltavam agora cerca de quinhentos quilómetros para não sabiamos ainda onde apenas que seria na Borgonha, havia então que pensar no alojamento, começamos a ligar para os contactos que levávamos alinhavados, um após outro: nada, tudo cheio, nem chalets men mobil-homes, só ao sexto contacto tivemos uma resposta positiva "Camping l'etang neuf" em Issy l'Evêque, e ainda assim só até Sexta-feira, excede o orçamento, mas dadas as circuntâncias mais vale um pássaro na mão...
Soltámos ainda o Raul na Plaza para desentorpecer, fizemos o caminho para trás em direcção ao carro e tomámos a direcção de Valladolid onde parámos, já noite, numa área de serviço manhosa para "jantarmos", ao nosso lado outro carro de tesos onde também se falava português deitava-se igualmente abaixo o jantar também trazido de casa, aparentavam ser emigrantes talvez na viagem de regresso a casa.
Próxima meta Burgos, mais cento e poucos quilometros, os miúdos adormeceram entretanto, o Daniel ao acordar de manhã haveria de perguntar se já chegámos a Burgos, nessa altura já estávamos quase em Bordéus. mais uma paragem, mais uma área de serviço, mais um café "solo".
Só quase quinze dias depois, já de volta a Espanha, percebi a história do café "solo" quando a empregada ao meu pedido de um café me pergunta - Com leche ? o resposta óbvia -Solo.
A fauna que povoa as áreas de serviço durante a noite é curiosa, há sempre dois ou três ensonados a rodear as máquinas de café aos quais eu me junto, nesta havia duas moças de leste (à boleia??) que saltaram de um camião ainda com a pouca roupa do dia quente e se apressaram a vestir casacos compridos ao darem com o fresco da noite, desapareceram em direcção ao WC, ao balcão ainda se deitava abaixo comida de prato acompanhada por uns copázios de tinto. O Raul tambem aproveita para deitar abaixo qualquer coisa os manos hão-de dormir até de manhã.
Próximas referências no mapa: Vitória e San Sebastian ou Donostia como se diz em Basco. A co-pilota solidária mantém-se acordada e vai forçando a conversa para afastar o sono. Há sempre um ou dois carros há vista na estrada. As estações de serviço estão repletas de carros parados com gente a roncar, já em frança haveria mesmo emigrantes magrebinos de regresso com a trouxa no tejadilho embrulhada em plástico, nós também levámos a nossa trouxa no tejadilho só que de forma mais sofisticada.
Dia 2
Passámos a fronteira por volta da 4 horas, ainda abastecemos na última estação de serviço antes da fronteira para aproveitar o preço da gasolina -1 euro-, o próximo abastecimento haveria de ser já a 1,30 eur., mas com pouco esforço descobria-se gasolina nos Intermarchés e outros que tais ao nosso preço exorbitante de duzentos e quarenta paus -1,20 eur.-.
Fizemos mais uma hora e pouco de estrada e parámos para encostar a cabeça.
Por volta das sete, já o dia começava a clarear, retomámos o caminho, o dia revelava-se enevoado e começou a cair uma chuva miuda e teimosa que nos acompanhou durante as duas horas seguintes de viagem, voltámos a parar para o pequeno almoço já próximo de Bordéus, eram 8 horas.
É quase como ir ao Continente naqueles dias em que se está para aí virado, a excitação da abordagem às estações de serviço, as prateleiras cheias de coisas simpaticamente ataviadas, dá-se uma olhadela aos mapas, outra aos produtos da região (Aquitaine), outra às bolachas, nos livros uma edição de bolso do Código Da Vinci em Francês em conta, compra-se uma garrafa de água ao preço do ouro e saí-se com o prazer de quem come com os olhos. Não esquecer de fazer o xixi.
Algum tránsito, mas sempre fluido; roulotes, atrelados, malas de tejadilho e quase sempre as bicicletas para a família toda, mesmo que desajeitadamente encavalitadas no vidro traseiro, ninguém fica em casa por estes lados. Faltavam agora cerca de quinhentos quilómetros para não sabiamos ainda onde apenas que seria na Borgonha, havia então que pensar no alojamento, começamos a ligar para os contactos que levávamos alinhavados, um após outro: nada, tudo cheio, nem chalets men mobil-homes, só ao sexto contacto tivemos uma resposta positiva "Camping l'etang neuf" em Issy l'Evêque, e ainda assim só até Sexta-feira, excede o orçamento, mas dadas as circuntâncias mais vale um pássaro na mão...
(continua)
Comments:
Já estava com saudades das tuas postas e estava ainda mais ansioso por estas, onde nos contas as peripécias passadas numas férias fantásticas. Continua a escrever que eu por cá estou a adorar.
Aquele abraço e beijos para 4.
Francisco
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Aquele abraço e beijos para 4.
Francisco