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2005-09-09

Os dias deles


Dia 7 - último dia em Issy L'evéque, último banho no lago (etang) ou represa ou lá o que era. Dentro da vedação fica o camping. A zona de banhos era vedada por um muro, fazendo uma piscina, e dentro havia um repucho continuamente a deitar água com bastante pressão , o que ajudava a oxigenar a água, fora do muro a água era a fugir para o verde talvez por falta de caudal, a preocupação com a seca também passou por ali. Nas margens do lago sempre pescadores empenhados, a julgar pela artilharia, algumas vezes acompanhados pela família em peso, espreguiçavam na sombra em cadeiras de ar livre. O areal era limpinho e à entrada havia um letreiro que pedia encarecidamente aos utentes para levarem os totos que os cães fizessem na areia para casa. A água baixinha e paradinha era perfeitamente ao gosto deste trio de utentes. Pouca gente, adiante uma senhora de idade com as gotas do último mergulho ainda a deslizar na pele mais que tostada, espunha-se gulosamente ao Sol, enquanto fazia ponto de cruz . Um casal de gordos deixa por momentos a companhia do pescador e acorre também a pôr o bacalhau de molho. O trio de miudos loiros, nosso vizinho do camping, chafurda enquanto o pai se protege do sol debaixo do guarda-sol. O pai deste trio, de morenos e um loiro, também protege o lombo do sol da mesma forma enquanto vai dando uma espreitadela à leitura.



Dia 10 - Já noutras paragens (camping le chene gris), apanhámos a chuva distraida por uns breves instantes e... banho, é que no dia seguinte já íamos embora e uma piscina tão bonita estava mesmo a pedi-las. Fica a cerca de quarenta quilómetros de Paris, mesmo com a Disney à mão de semear, quem não se quiser chatear muito com transportes em Paris também apanha o comboio mesmo à porta do camping e saí no centro de Paris, não foi o nosso caso que no dia anterior levámos o carro quase até à porta da Notre-Dame.


Dia 11 - Faltou a foto com o castelo da bela adormecida em fundo (está aqui), fica esta do Raul a dar uma trinca na Pomme d'amour da Gabriela.



E esta do Daniel em esforço tentando tirar a espada do Rei Artur


Dia 14 - Não seriam férias sem umas horas de praia, ficámo-nos por Laredo na Cantábria 3 dias, o camping Laredo tinha uma piscina óptima a tenda ficou mesmo coladinha a ela e o parque infantil da praxe, aliás, os dois requisitos indispensáveis na escolha dos campings, os vizinhos também ficaram coladinhos a nós e alguns ressonavam baixinho mesmo durante o dia a dormir a sesta. Esta malta era mais dada ao convivio que na França, para começar só se tinha que fazer silêncio á meia-noite, o que era cumprido à risca, só mesmo à meia-noite é que se calavam, e logo os espanhois que falam baixinho, depois jantava-se lá para às dez e meia, sorte nossa que chegámos ao restaurante ás nove e pouco pensando que já íamos tarde e ainda arranjámos mesa, por fim têm como nós o culto da esplanada, concluindo: estavamos em casa.

Já com alguns arrepios ensaiados abordámos o mar e para nossa surpresa era mais ameno que o das nossas praias a norte, talvez o efeito da extensa baia que protegia Laredo.

Depois da praia o Daniel, que ficou viciado nas piscinas e temerário das águas profundas, não dispensou um último mergulho na piscina, é que era o último dia. No dia seguite foi tempo de fazer as malas pela última vez, deu-se algum tempo para a tenda secar porque houve um aguaceiro de noite, e pouco depois do meio-dia zarpámos de Laredo tomando a direcção de Santander, ainda fizemos uma paragem digna de nota pelo caminho, mas fica para próxima oportunidade.

(continua)


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