CRIA

Papá, mamá, pai, mãe, mana, este é o vocabulário do Raul aos quase dezassete meses, as quatro primeiras usa-as para chamar a nossa atenção, e para gritar bem alto a sua satisfação quando nos vê entrar em casa, mana, em tom reprovador, é para repelir os amassos mais violentos da irmã nas brincadeiras comuns, além daqueles temos a pepei que é a chupeta, o quicá que é chocolate, quicá, quicá, quicá,... diz bem alto, enquanto estende vigorosamente a mão para o dito, tambem diz pão na versão portuense: poum e diz baba que é água, portanto fome já não passa. Ta-tau, diz quando desliga a ficha do computador, a da televisão ou a do DVD e desata a correr corredor fora a rir-re com ar desafiador, deve dizer qualquer coisa como palmada inofensiva na fralda, a mim dá-me uma vontade quase irreprimível de lhe apertar o pescoço.
Ficou a faltar memé, que é a versão Raul para miminho e acompanha umas festas desajeitadas na cara, cocó que são as galinhas que aponta nos livros dos manos e o clássico e óbvio au-au, enfim já dá quase um dicionário.