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2007-06-26

S.João 2007



Não há video que capte a magia, só mesmo estando lá. E por incrivel que pareça a razão está nos singelos martelos de plástico, sem eles o S.João era mais uma romaria popular, eles é que tornam esta festa única, que permitem que carradas de sado-masoquistas andem madrugada dentro a dar e a levar marteladas de gente que eles nunca viram na vida. Passámos o ano todo a encolhermo-nos no metro e nos autocarros à pinha, para não chatearmos nem sermos chateados, e nesta noite esse contacto é procurado de forma deliberada, desinteressada e de sorriso bem escancarado.

2007-06-13



Vai p´ra dentro, Come tu!

Uma pessoa vai num andar mole, quebrado pela fome e pelo sol que malha sem piedade pela Rua das Flores adiante, é Domingo e é hora do almoço, nada do rebuliço habitual em dias de comércio aberto por aqui, sobram as já costumeiras lojas chinesas às moscas. Ao Domingo o almoço é à pala da mãe, enquanto a fome aperta a mente faz um esforço por rememorar o que foi o repasto no Domingo anterior, ora: se foi Cozido esta semana é Feijoada, não... foi Assado, então esta semana é que é Cozido, não... escusado será dizer que a memória não chega nunca tão longe e não há drama nenhum nisso, qualquer das hípóteses da sequência faz aumentar a salivação com a mesma grandeza. Eis então que na esquina com a Rua do Ferraz aparece este marmanjo de dedo em riste a desdenhar do almoço de Domingo da mamã. Aaaah!


2007-06-11

Foi para isto que foi feriado na Quinta-feira




Convém saber-se estas coisas.É que não falta por aí quem, pondo em causa o nosso fervor religioso, tenha a veleidade de sugerir a supressão dos feriados religiosos.
Em 1311, o Papa João XXII institui a Festa do Corpo de Deus, na qual é levada através das ruas a Hóstia consagrada em triunfo, unindo-se assim toda a cristandade em Amor a Jesus Sacramentado.
Vê-se precisamente numa das fotos o nosso Bispo novinho em folha D.Manuel Clemente, com um relicário nas mãos onde supostamente estaria a Hóstia consagrada. A precedê-lo vinham representantes de toda a cristandade portuense: escuteiros, paróquias, ordens religiosas e outros que não consegui identificar, todos convenientemente trajados e identificados com estandartes. No fim do cortejo vinha o povo, que era bastante mais do que eu, que soube do evento por acaso, esperava.
Das crias só foram as mais novas, o Raul gostou das motas da polícia com as luzes a piscar ali á mão de semear, não são todos os dias. A Gabriela fica desconfortavel com o excesso de formalismo, até a mim (o senhor me perdoe!) o desfilar disciplinado dos estandartes e umas botas de cabedal preto engrachadas que passavam em fila indiana me fizeram lembrar outros desfiles. Aparte esta impressão subjectiva, parece-me um acontecimento com muita dignidade que, mais divulgado, pode trazer mais gente para a baixa neste dia, independentemente da forma mais ou menos empenhada com que vistam a camisola do catolicismo.
História da Solenidade de Corpus Christi
Nota final: convém ir preparando a lição para os feriados de 15 de Agosto e 8 de Dezembro.

2007-06-03

Isto foi o prelúdio do Sr. de Matosinhos, uma gula que nos deu, invejosos das gaivotas, corremos pela praia até ao areal espelhado onde elas sorviam com prazer evidente o dourado do sol-pôr.
Depois foi o assédio dos caladinhos , mais as fogaças, o doce da teixeira os bolinhos de amor mais à frente veio também o pão quente com chouriço; foram os milhentos brinquedos de plástico que também assediaram o Raul e que lhe fomos prometendo para quando fizesse anos; foram os grilos a 1 euro a despertar a curiosidade dos manos mais velhos; foi o - mais uma corrida mais uma viagem: a confusão ensurdecedora dos anúncios dos imensos carroceis, carros de choque e outros que tais; foi o cheiro das sardinhas assadas misturado com o das farturas e o das pipocas e do algodão doce; foram, para rematar, duas farturas no ponto a sujar os dedos de óleo e as calças de açucar em pó e canela, afogadas num copo de cerveja; e gente a rodos como não podia deixar de ser numa noite amena de Sábado.

2007-06-01

Tenham medo, tenham muito medo!

Qual é perigo maior de mostrar às criancinhas o filme que vai passar mais logo e que supostamente ajuda os pais a ultrapassar o seu maior pesadelo : a resposta à pergunta - Como se fazem os bébés?
SEXUALIDADE DESENFREADA (até me arrepio todo)
(Vejam os comentários S.F.F.)

'Reality show' escolhe doador de rim na Holanda

Esta é daquelas, que se fosse por estes lados tinha direito ao celebre refrão: -Só neste pais.
Num país de gente culta e civilizada, daqueles mais para o norte da Europa que é habitual citar-se como exemplo de todos os virtuosismos, não deveria haver desta tralha televisiva.

Polônia investiga 'Teletubbies' por estimular 'hábitos gays'

Fico preocupado, tenho por aqui uma boa duzia de VHS destes bonecos amaricados. É melhor fazer já uma fogueira com eles.

Sem o saber o camarada que ontem à custa da greve, tal como eu, bateu com o nariz na porta quando foi levar a criança à escola, entoava o refrão desta canção do último do SG.

«SÓ NESTE PAÍS»
SÉRGIO GODINHO

Unamo-nos
Nós somos os famosos anónimos
Mesmo assim já cumprimos os mínimos
Somos todos únicos
Que mais vão querer de nós
Para provar quem vai à frente
Ou fica atrásSe é por
Ir estabelecer um novo record
Compremos o Guinness
Ao preço que for
E fica o assunto homologado
E sai espumantes
Às vezes dá p'ra um banquete
Ou dele as sandes

Sempre
Complicamos a coisa mais simples
E simplificamos a complicada
Sai em rajada
O tiro pela culatra
Às vezes mata
Às vezes ressurreição
Foi de raspão
(Só neste país...)
Só neste país
É que se diz:
Só neste país
Só neste país
Só neste país
Só neste país
Só neste país´

São muitos séculos em morna ebulição
A transitar entre o granizo e a combustão
E um qualquer hino
P'ra qualquer situação
A pessimista, a optimista...
E vai abaixo e vai acima
E vai abaixo, e vai acima(e agora a rima):
Portugal é nosso p'ro bem e p'ro mal
E o mal que está bem
E o bem que está mal
E o bem que está bem

Juro
P'lo fadoP'lo baile e p'lo kuduro
Que este país 'inda tem futuro
É verde e maduro
Como a fruta, às vezes brota
Às vezes, consternação
Secou no chão
Por isso unamo-nos
Nós somos os famosos anónimos
Mesmo assim já cumprimos os mínimos
Somos todos únicos
Que mais vão querer de nós
Para provar
Quem vai à frente
Ou fica atrás...
(Só neste país...)
Só neste país
É que se diz:
Só neste país
Só neste país
Só neste país
Só neste país
Só neste país

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