2004-11-29
a liberdade individual não é somente privilégio dos que têm e podem, e que os nobres valores do liberalismo não acabam sacrificados a um cínico e cruel "darwinismo social".
Vital Moreira defende no CN, de uma forma clara e acertada, a possibilidade da simbiose entre Liberalismo e "Estado social" .
Permitam-me que vos saúde e expresse a minha confiança em que as decisões do Congresso, em todos seus aspectos, constituirão uma importante vitória e um grande incentivo à continuação da luta do Partido e do povo português.
O camarada Cunhal deu, assim, o mote para o congresso deste fim-de-semana do PC, não fosse haver um qualquer descarrilamento ideológico.
Do congresso ouvi, apenas e acidentalmente, declarações aos jornalistas do novo secretário geral, que confesso me surpreenderam, devo dizer pela positiva. Pela positiva, porque me pareceu, contrariamente ao que se vinha insinuando na imprensa mais lida, que o homem, apesar das suas origens intelectualmente modestas, aparenta ter um conhecimento profundo e seguro (o que não me parece tarefa fácil) da cartilha ideológica (vulgo cassete) comunista. Estava a contar com mais um palhaço da política, daqueles que, cada vez mais, alimentam o anedotário diário com gafes e trapalhadas. Os próximos tempos confirmarão se foi apenas fogo de vista.
2004-11-26
Cuidado com as imitações
Há notícias que custam anúncios, dizia hoje, um jornalista no Clube de Jornalistas emitido na 2, a propósito do tema das agências de comunicação.
Media training e spining doctors, são termos que fazem parte da gíria associada ao assunto, o primeiro ensina os políticos a venderem o seu peixe o segundo diz respeito ao peixe que é servido pelos porta-vozes e similares à feição da imagem dos mesmos.
Sérgio Godinho fala numa letra sua de um Casimiro que tinha um olho mesmo no meio da testa para além dos outros dois ...
Há notícias que custam anúncios, dizia hoje, um jornalista no Clube de Jornalistas emitido na 2, a propósito do tema das agências de comunicação.
Media training e spining doctors, são termos que fazem parte da gíria associada ao assunto, o primeiro ensina os políticos a venderem o seu peixe o segundo diz respeito ao peixe que é servido pelos porta-vozes e similares à feição da imagem dos mesmos.
Sérgio Godinho fala numa letra sua de um Casimiro que tinha um olho mesmo no meio da testa para além dos outros dois ...
2004-11-25
Os espertos
Haverá gabinetes de advogados a cobrar avenças astronómicas a empresas públicas ou a organismos estatais, contava hoje ao almoço um colega de mesa, quem o denuncia é o candidato à liderança da ordem dos advogados Marinho Pinto , o que causava estranheza ao colega, então o homem devendo defender os ditos afinal atacáva-os, indo mais fundo no assunto acabou por ficar convencido, que afinal ele atáca são
Os espertos...não confundir com inteligentes, são os tais das avenças astronómicas que têm os amigos certos nos locais certos, os burros... são os que contribuem para o orçamento.
Haverá gabinetes de advogados a cobrar avenças astronómicas a empresas públicas ou a organismos estatais, contava hoje ao almoço um colega de mesa, quem o denuncia é o candidato à liderança da ordem dos advogados Marinho Pinto , o que causava estranheza ao colega, então o homem devendo defender os ditos afinal atacáva-os, indo mais fundo no assunto acabou por ficar convencido, que afinal ele atáca são
os espertos.
Os espertos...não confundir com inteligentes, são os tais das avenças astronómicas que têm os amigos certos nos locais certos, os burros... são os que contribuem para o orçamento.
2 a 1 ganho eu
Resultado do confronto com a ligação à net que travo desde Segunda-feira, nesse dia depois de algum desespero conseguimos a ligação, ontem sem perceber porquê ficamos a ver navios, hoje, depois de já ter instalado e desinstalado o modem meia dúzia de vezes, depois de várias chamadas ao apoio telefónico do operador, ela apareceu. Aleluia !
Novidade importante: openoffice.org
Folha de cálculo, processador de texto & Cia.
Software aberto, totalmente compativel com o da empresa que domina abusivamente o mercado, aspecto gráfico muito semelhante, totalmente legal e grátis, é só descarregar.
Já o instalei. Ainda não o explorei a fundo mas as referências que me deram foram satisfatórias, torna escusado correr riscos recorrendo a pirataria, só me custa a entender como não é mais divulgado. Outro aspecto que também ainda não compreendi integralmente são as motivações que levam ao desenvolvimento deste tipo de software e a sua disponibilização desta forma aparentemente altruista, sem conhecer a situação em profundidade parece-me uma ideia brilhante, senão mesmo perfeita em termos sociais, o software estar em aberto para quem tiver capacidade e engenho melhorá-lo e disponibilizar essas melhorias na Net para que o processo não pare.
É um software internacional mas existe versão portuguesa .
Resultado do confronto com a ligação à net que travo desde Segunda-feira, nesse dia depois de algum desespero conseguimos a ligação, ontem sem perceber porquê ficamos a ver navios, hoje, depois de já ter instalado e desinstalado o modem meia dúzia de vezes, depois de várias chamadas ao apoio telefónico do operador, ela apareceu. Aleluia !
Novidade importante: openoffice.org
Folha de cálculo, processador de texto & Cia.
Software aberto, totalmente compativel com o da empresa que domina abusivamente o mercado, aspecto gráfico muito semelhante, totalmente legal e grátis, é só descarregar.
Já o instalei. Ainda não o explorei a fundo mas as referências que me deram foram satisfatórias, torna escusado correr riscos recorrendo a pirataria, só me custa a entender como não é mais divulgado. Outro aspecto que também ainda não compreendi integralmente são as motivações que levam ao desenvolvimento deste tipo de software e a sua disponibilização desta forma aparentemente altruista, sem conhecer a situação em profundidade parece-me uma ideia brilhante, senão mesmo perfeita em termos sociais, o software estar em aberto para quem tiver capacidade e engenho melhorá-lo e disponibilizar essas melhorias na Net para que o processo não pare.
É um software internacional mas existe versão portuguesa .
2004-11-19
Impressionante guia de viagem
Imagine-se agora J.B.Costa a editar um guia sobre uma cidade inteira com todo este pormenor.
Imagine-se agora J.B.Costa a editar um guia sobre uma cidade inteira com todo este pormenor.
2004-11-09
Aprendeste alguma letra hoje?
Começou com o i, passou para o u, depois o ó, o a e fechou ontem com o é, não e úma charada é a sequência das primeiras letras aprendidas pelo Daniel nestes dias iniciais do seu percurso escolar.
Já viste os meus trabalhos ?
pergunta inevitável que se cruza com a minha, em título, à chegada tardia a casa.
As conversas do dia a dia, preenchem-se agora também com as novidades da escola primária e há sempre alguma, uma nova ladaínha da professora, uma recomendação, uma amiga que lhe faz cócegas, uma brincadeira nova, o jogo da patela que eu julgava extinto, já sei saltar à corda tentava mostrar ele há dias sem éxito.
Todos os dias, manhã cedo, o deixámos, eu e a mana, à porta da escola, dias há em que, à porta no meio do rebuliço da entrada para a escola, puxa-me para baixo e segreda ao ouvido, pai quero que me vás dizer adeus, não me fosse eu esquecer dessa rotina diária, ele entra então e nós descemos apressadamente os poucos degraus que nos permitem olhar para cima e acenar-lhe, enquanto ele, já no andar de cima, se detém e nos acena também do envidraçado da andar superior, só isso, é suficiente para que ele sem vacilar, todos os dias suba decidido os degraus que o vão levar até a prof.Fernanda.
Pai quero que me vás esperar à escola?
Começou com o i, passou para o u, depois o ó, o a e fechou ontem com o é, não e úma charada é a sequência das primeiras letras aprendidas pelo Daniel nestes dias iniciais do seu percurso escolar.
Já viste os meus trabalhos ?
pergunta inevitável que se cruza com a minha, em título, à chegada tardia a casa.
As conversas do dia a dia, preenchem-se agora também com as novidades da escola primária e há sempre alguma, uma nova ladaínha da professora, uma recomendação, uma amiga que lhe faz cócegas, uma brincadeira nova, o jogo da patela que eu julgava extinto, já sei saltar à corda tentava mostrar ele há dias sem éxito.
Todos os dias, manhã cedo, o deixámos, eu e a mana, à porta da escola, dias há em que, à porta no meio do rebuliço da entrada para a escola, puxa-me para baixo e segreda ao ouvido, pai quero que me vás dizer adeus, não me fosse eu esquecer dessa rotina diária, ele entra então e nós descemos apressadamente os poucos degraus que nos permitem olhar para cima e acenar-lhe, enquanto ele, já no andar de cima, se detém e nos acena também do envidraçado da andar superior, só isso, é suficiente para que ele sem vacilar, todos os dias suba decidido os degraus que o vão levar até a prof.Fernanda.
Pai quero que me vás esperar à escola?
2004-11-07
Há sete anos neste dia era Sábado
Lembro-me que choveu muito, mesmo muito, tanto que não me lembro com tamanha clareza de outro em que tenha chovido assim na minha vida, lembro-me que foi a última vez que tomei banho naquela que foi até aí a minha casa, e que apartir desse dia passou a ser a casa dos pais. Foi um dia festivo para nós, esse, e, que não quisemos deixar de o partilhar com duas dúzias de Amigos e outro tanto de familiares, começou com umas promessas mútuas testemunhadas por todos, á qual se seguiu uma troca de alianças e um beijo envergonhado, aqui mesmo.
Lembro-me que choveu muito, mesmo muito, tanto que não me lembro com tamanha clareza de outro em que tenha chovido assim na minha vida, lembro-me que foi a última vez que tomei banho naquela que foi até aí a minha casa, e que apartir desse dia passou a ser a casa dos pais. Foi um dia festivo para nós, esse, e, que não quisemos deixar de o partilhar com duas dúzias de Amigos e outro tanto de familiares, começou com umas promessas mútuas testemunhadas por todos, á qual se seguiu uma troca de alianças e um beijo envergonhado, aqui mesmo.
Já fora de contexto
Vi(mos) no serão de Sexta-feira o último filme de Michael Moore, Farnheit 9/11, que o Expresso agora do lado do eixo do mal distribuiu, o Público já tinha distribuido o anterior, agora só nos falta sair o próximo filme de MM com argumento do Prof.Marcelo e está a Cabala do Ministro Gomes da Silva. Visto com um olhar crítico o filme sugestiona, e só isso, uma série de relações perigosas entre a família Bush e o mundo milionário do petróleo saudita, o resto cabe ao espectador ajuizar, mas as coincidências são tantas, tantas, tantas, que é difícil perceber não haver ali judicialmente ponta por onde se lhe pegue para levar a cabo uma investigação, em situações onde pelo menos ao nível do tráfico de influências as coisas não parecem nada claras, já para não falar em termos éticos.
Vi(mos) no serão de Sexta-feira o último filme de Michael Moore, Farnheit 9/11, que o Expresso agora do lado do eixo do mal distribuiu, o Público já tinha distribuido o anterior, agora só nos falta sair o próximo filme de MM com argumento do Prof.Marcelo e está a Cabala do Ministro Gomes da Silva. Visto com um olhar crítico o filme sugestiona, e só isso, uma série de relações perigosas entre a família Bush e o mundo milionário do petróleo saudita, o resto cabe ao espectador ajuizar, mas as coincidências são tantas, tantas, tantas, que é difícil perceber não haver ali judicialmente ponta por onde se lhe pegue para levar a cabo uma investigação, em situações onde pelo menos ao nível do tráfico de influências as coisas não parecem nada claras, já para não falar em termos éticos.
vitória esmagadora do presidente americano, contra tudo e todos, mas em especial contra uma Imprensa liberal, de esquerda, politicamente correcta, e que se acha detentora de uma superioridade moral e ética sobre todos os cidadãos.
Luis Delgado - Diário Digital
Parece-me haver um equívoco, a imprensa caracterizada pelo LD é certamente a europeia, quanto á dos EUA não tenho dados para me pronunciar com segurança, mas já quanto à televisão, o caso muda completamente de figura uma vez que esta é, conforme é por demais conhecido tendenciosa para o lado do presidente reeleito, tendenciosa se calhar é pouco.
Mais abaixo no texto denuncia um erro do Público relativamente à notícia da sua posição no Diário Digital, isso para o caso também não interessa nada, o que é relevante aqui, é a situação de sair beneficiado com a compra do DD pelo Sapo(que para todos os efeitos pertence a uma empresa pública), decisão que devido à posição que ocupa poderá, sem dúvida, influenciar.
2004-11-04
Já só faltam 4 anos
Ouvem-se e leêm-se resmas de comentadores, jornalistas, analistas e nenhum consegue dar uma visão da realidade sociológica americana que nos explique porque é que Bush ganha, visto daqui parecia impossível ganhar, deste lado do Atlântico quase todos estavam no mesmo barco, mesmo muita gente habitualmente alinhada à direita confessava a sua simpatia pelo candidato democrata, quem votou então em Bush ?
Quem caucionou o aprofundamento do desastre iraquiano, o unilateralismo internacional, os défices comercial e orçamental, o retrocesso nas políticas sociais ? ...
A resposta fácil a esta questão atirada normalmente em conversas de circunstância traduz-se em tiradas como: Os americanos são uns nabos !(versão soft).
Chego à conclusão que os jornalistas vêem os Estados Unidos sem sair de Nova Iorque, e servem-nos apenas um dos lados da realidade, uma realidade compatível com a europeia, menosprezando, talvez numa atitude de superioridade moral, a outra realidade, a que deu a vitória a Bush, pela sua excentricidade quando confrontada com a matriz de valores da velha Europa.
Ouvem-se e leêm-se resmas de comentadores, jornalistas, analistas e nenhum consegue dar uma visão da realidade sociológica americana que nos explique porque é que Bush ganha, visto daqui parecia impossível ganhar, deste lado do Atlântico quase todos estavam no mesmo barco, mesmo muita gente habitualmente alinhada à direita confessava a sua simpatia pelo candidato democrata, quem votou então em Bush ?
Quem caucionou o aprofundamento do desastre iraquiano, o unilateralismo internacional, os défices comercial e orçamental, o retrocesso nas políticas sociais ? ...
A resposta fácil a esta questão atirada normalmente em conversas de circunstância traduz-se em tiradas como: Os americanos são uns nabos !(versão soft).
Chego à conclusão que os jornalistas vêem os Estados Unidos sem sair de Nova Iorque, e servem-nos apenas um dos lados da realidade, uma realidade compatível com a europeia, menosprezando, talvez numa atitude de superioridade moral, a outra realidade, a que deu a vitória a Bush, pela sua excentricidade quando confrontada com a matriz de valores da velha Europa.
