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2005-09-29

Não foi fácil localizá-lo na rede, tentei Henrique do Céu, depois Henrique Docel, ainda Henrique Dossel, mudei então de estratégia para Seminário de Valadares Deus no Sec.XXI e... voilá! Enrique Dussel



Deixou-me de queixo caído ouvi-lo falar na rádio, com um desassombro nada frequente nos dias que correm, de Marx, de quem dissecou a obra, procurando na análise das diversas edições desta encontrar a evolução do pensamento do filósofo -e quem já reparou no calhamaço que é por exemplo o Capital saberá da empreitada que estou a falar-.
Ouvi-o contestar a crítica, quase unânime, ao regime venezuelano de Chavez, Ditador Chavez qual ditador, quantas vezes é preciso ser eleito..., um homem que usa o petróleo em beneficío do seu povo..., para além da obvia contestação à ingerência no Iraque e do precedente que deixa em aberto. Enfim coisas pouco usualmente ditas em voz alta , ainda para mais num homem ligado, segundo percebi, à igreja e com quilómetros de curriculo académico.

Na boleia desta pesquisa veio um blog com algum interesse : http://anomalias.weblog.com.pt/

2005-09-26

Viró disco

Começar de novo - Ivan Lins

Constatava o E., no serão de Sábado, a infinita capacidade que os brasileiros têm de recriar musicas, quer próprias, quer de outros músicos, a facilidade com que se encontram multiplas versões de muitas musicas. Aqui está um feliz exemplo.

2005-09-25

Matar saudades




2005-09-23

Santillana del Mar (19.08.2005)
santillana del mar elegido por votación popular el pueblo más bello de españa es el principal centro de interés histórico-artístico de cantabria.



(...)
Tan bonita y sobresaliente que le llamábamos "La Gamba", y, niños primero,
adolescentes después, la convertimos en oscuro objeto de nuestro romántico
deseo.
Salí a buscarme la vida fuera de mi tierra, como tantos, y a "La
Gamba" solo la recuperaba cada fiesta de septiembre, de verano en verano.


Murió "la gamba"
22/09/05 JOSÉ ANTONIO GURRIARÁN



O que liga a foto e o texto citado é apenas a coincidência de ter sido autor do texto a guiar-nos até lá, numa quase obcessão de que não perdessemos nada do que de bom tem a Cantabria . Uma pessoa com uma sensibilidade, infelizmente, em vias de extinção e com o qual partilhamos, com imenso prazer, umas horas de conversa noite dentro.
Quanto a Santillana, iamos com intenção de ficar uma hora e ficamos uma tarde. Do pouco que conhecemos de Espanha, é sem dúvida em termos de conjunto histórico-artistico do melhor que
pudemos ver, percorre-se todo o povoado sem ver nada que destoe, é quase andar para trás no tempo, e no extremo do conjunto surge ainda a espantosa a colegiata que se vê na foto que tem o claustro e a igreja dignos de serem vistos, de preferência com visita guiada, e sem a Gabriela a choramingar que queria ir embora, o ambiente naturalmente soturno destes lugares deixa-a inquieta. Atenção: decoro s.f.f., nada de ombros amostra ou saias acima do joelho.

2005-09-20



Será que o mito da racionalidade germânica caiu?



Perante o aperto económico a que está sujeita neste momento, pensava eu que a racionalidade alemã que todos admirámos de boca aberta, os levasse em peso a depositar as suas esperanças nalgum mago da finança liberal, dos que prometem o céu em troca do sacrifício de uma mão cheia de desempregados. Parece que a desorientação política é geral.

the can-do spirit

"Aren't we Chinese great? They said it couldn't be done. And yet, we've not only done it, we've done it ahead of plan. No other country in the world could do this. Chinese people are so clever."

Fonte : Guardian

Andámos nós, em domésticas discussões de mercearia, a discutir o nosso plano de investimentos público, quanto custa? é oportuno?..., é ver o exemplo acima.

A reportagem é enorme, ao estilo da saudosa (antiga) revista Grande Reportagem, um relato de viagens bem temperado, no formato impresso acompanhado de imagens de encher o olho chamava-lhe um figo, era só encontrar uma esplanada a condizer, com um horizonte largo suficiente para se poder olhar para dentro, e imaginar as fantásticas paisagens do Tibete, e meditar nas contradições da China dos dias de hoje .

Jainal's story: a handful of lentils
Jainal's mother sends him to buy a handful of rice, lentils and vegetables, enough to feed the family until the next morning. Some items are bought on credit, with promises to repay the shopkeeper later.
Photograph: Zed Nelson

One in every six people in the world lives on less than a dollar, or 65p, a day, and more than 800 million people are malnourished.
Se hoje,
perante pressão económica a que estão a ser sujeitos por algumas economias até agora adormecidas, as principais economias europeias já estão a gemer, era bom começar a preparar já o momento em que o bolo vai ter que ser repartido por toda esta gente. Porque, ao contrário do que propaga a actual administração norte-americana, não me parece que haja orçamento que suporte um exército capaz de suster o processo uma vez que ele se inicie por inércia própria.


2005-09-17

Viró disco

Desconheço outro cantautor que manobre as palavras com esta versatilidade :

Há partidos de direita
que põem sempre a bola ao centro
mas quem melhor os fintar
é quem vai marcar o tento


Esta, para mim, independentemente das considerações ideológicas é genial, já precisa de ser reescrita, e ele é menino para isso, basta ver a letra do Com um brilhozinho nos olhos , foi actualizada quando o totoloto ganhou popularidade, está na hora de nova actualização, agora com o Euromilhões, e rimar com ões é canja.

o que nos passou pela tola [o que nos passou pelo goto]
do estilo és o "number one"
dou-te vinte valores
és um treze no totobola [és o seis do meu totoloto]

Arrepiante

...a verdadeira história de uma morte anunciada...

http://www.desafiodeusavirfalarcomigo.blogspot.com/

( do Compadre)

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Equador, Miguel Sousa Tavares


(no Esplanar)

Dissecado até à exaustão. Nunca tinha lido nada tão exaustivo sobre um livro, aprende-se alguma coisa sobre a escrita e, salvaguardadas as diferenças de escala, reconheci algumas limitações próprias.
O livro anda cá por casa, quem o não tem ?, a mãe já o leu e recomenda-mo vivamente, eu por muito mal que ainda venha a ler sobre ele hei-de lê-lo nem que seja pela imensa consideração que tenho pelo MST .

2005-09-16

Há por aí muita gente que tem a mania da responsabilidade, por tudo e por nada correm a acender a fogueira para aí lançar em martírio os supostos responsáveis, ele são os responsáveis pela seca, pelos incêndios, pelos furacões, pelos tsunamis, pelo atraso no início das aulas, pela chuva, pelo sol, por tudo o que acontece tem que haver sempre alguém para queimar. E por isto?

Alésia

Há pouco mais de dois mil anos, pela lente do óculo, o Daniel poderias avistar as legiões de César que faziam o cerco aos aguerridos guerreiros gauleses de Vercingétorix, num episódio considerado por alguns o ponto zero da história da França.
Hoje no cimo do Mont Auxois pode ver-se um imenso campo arquelógico ainda em exploração e o mesmo recorte da paisagem que chefe gaulês comtemplou enquanto meditava no dilema que tinha pela frente; ou sacrificava a sua gente às legiões romanas numa luta desigual, gente sabiamente enfraquecida pela argúcia de César num cerco infindável ou se rendia entregando o seu destino a César em troca da vida dos seus. Optou pela segunda, o que lhe deu direito a viagem a Roma e a desfile como troféu de guerra.

Uma nota:
Hoje os políticos fazem boletins, revistas, e outros que tais para propagandear os seus feitos, César, que teria tanto de político como de militar, ainda umas dezenas de anos antes de Cristo vir ao mundo, escreveu e publicou a história das suas Guerras na Gália, resultado: pouco depois deitou a Républica romana abaixo e tornou-se no primeiro imperador romano, levado ao colo pelo povo de Roma.

Mais uma:
Ao ler o livro, nomes de povos que se engoliram a seco nos anos da escola tipo Suevos, Godos, Germanos, etc... ganham substância, conhecem-se por dentro os seus lideres, os seus nomes os seus costumes, a interação entre eles, as intrigas, a forma astuta como César dividia para reinar, o que movia os legionários, os seus medos e anseios, quase uma novela. A mim surpreendeu-me sobretudo o acesso a informação tão rica em detalhe, de um tempo em que ainda estava por escrever metade da bíblia.

2005-09-11

Uma boa ideia


Às Vezes

Às vezes tenho idéias felizes,
Idéias subitamente felizes, em idéias
E nas palavras em que naturalmente se despegam...

Depois de escrever, leio...
Por que escrevi isto?
Onde fui buscar isto?
De onde me veio isto?
Isto é melhor do que eu...
Seremos nós neste mundo apenas canetas com tinta
Com que alguém escreve a valer o que nós aqui traçamos?...

Álvaro de Campos


É uma ideia fantástica para combater a ignorância e o desinteresse geral pela poesia, eu acrescentava-lhe passagens de ficção, citações de filosofia e momentos da História e Ciência e ...tudo o que faz falta na formação das pessoas. Abria de certeza o apetite por mais, é que, a meu ver as pessoas só não consomem, não é porque sejam não sejam mais ou menos dotadas intelectualmente, é porque não lhes é proporcionado, não sabem que existe, desconhecem o prazer que se pode retirar. Funciona, sem tirar nem pôr, como a publicidade, estou a fantasiar, mas se num quarto dos out-doors fossem utilizados para este efeito, a seguir programas de televisão sobre o mesmo teriam seguramente outras audiências, nos filmes e novelas, como aliás se faz subtilmente relativamente a bens de consumo, era fazer passear os casais sempre in love das novelas por galerias de arte meter duas frases no diálogo sobre o assunto, nas cenas de sexo podia-se encher as mesas de cabeceira de grossos volumes, estou a imaginar aqueles filmes mais púdicos em que se ouve só o ruido da acção, como quem não quer a coisa ir passeando a câmara pelas lombadas.
Isto soa um bocado a pretensão educadora dos povos, mas se se permite que a publicidade o faça, quase sempre para o interesse de poucos, porque não aplicá-lo no interesse geral, aqui entrava outra discussão, que é se isto tem mesmo interesse geral, se dá de comer a alguém...

2005-09-09

Os dias deles


Dia 7 - último dia em Issy L'evéque, último banho no lago (etang) ou represa ou lá o que era. Dentro da vedação fica o camping. A zona de banhos era vedada por um muro, fazendo uma piscina, e dentro havia um repucho continuamente a deitar água com bastante pressão , o que ajudava a oxigenar a água, fora do muro a água era a fugir para o verde talvez por falta de caudal, a preocupação com a seca também passou por ali. Nas margens do lago sempre pescadores empenhados, a julgar pela artilharia, algumas vezes acompanhados pela família em peso, espreguiçavam na sombra em cadeiras de ar livre. O areal era limpinho e à entrada havia um letreiro que pedia encarecidamente aos utentes para levarem os totos que os cães fizessem na areia para casa. A água baixinha e paradinha era perfeitamente ao gosto deste trio de utentes. Pouca gente, adiante uma senhora de idade com as gotas do último mergulho ainda a deslizar na pele mais que tostada, espunha-se gulosamente ao Sol, enquanto fazia ponto de cruz . Um casal de gordos deixa por momentos a companhia do pescador e acorre também a pôr o bacalhau de molho. O trio de miudos loiros, nosso vizinho do camping, chafurda enquanto o pai se protege do sol debaixo do guarda-sol. O pai deste trio, de morenos e um loiro, também protege o lombo do sol da mesma forma enquanto vai dando uma espreitadela à leitura.



Dia 10 - Já noutras paragens (camping le chene gris), apanhámos a chuva distraida por uns breves instantes e... banho, é que no dia seguinte já íamos embora e uma piscina tão bonita estava mesmo a pedi-las. Fica a cerca de quarenta quilómetros de Paris, mesmo com a Disney à mão de semear, quem não se quiser chatear muito com transportes em Paris também apanha o comboio mesmo à porta do camping e saí no centro de Paris, não foi o nosso caso que no dia anterior levámos o carro quase até à porta da Notre-Dame.


Dia 11 - Faltou a foto com o castelo da bela adormecida em fundo (está aqui), fica esta do Raul a dar uma trinca na Pomme d'amour da Gabriela.



E esta do Daniel em esforço tentando tirar a espada do Rei Artur


Dia 14 - Não seriam férias sem umas horas de praia, ficámo-nos por Laredo na Cantábria 3 dias, o camping Laredo tinha uma piscina óptima a tenda ficou mesmo coladinha a ela e o parque infantil da praxe, aliás, os dois requisitos indispensáveis na escolha dos campings, os vizinhos também ficaram coladinhos a nós e alguns ressonavam baixinho mesmo durante o dia a dormir a sesta. Esta malta era mais dada ao convivio que na França, para começar só se tinha que fazer silêncio á meia-noite, o que era cumprido à risca, só mesmo à meia-noite é que se calavam, e logo os espanhois que falam baixinho, depois jantava-se lá para às dez e meia, sorte nossa que chegámos ao restaurante ás nove e pouco pensando que já íamos tarde e ainda arranjámos mesa, por fim têm como nós o culto da esplanada, concluindo: estavamos em casa.

Já com alguns arrepios ensaiados abordámos o mar e para nossa surpresa era mais ameno que o das nossas praias a norte, talvez o efeito da extensa baia que protegia Laredo.

Depois da praia o Daniel, que ficou viciado nas piscinas e temerário das águas profundas, não dispensou um último mergulho na piscina, é que era o último dia. No dia seguite foi tempo de fazer as malas pela última vez, deu-se algum tempo para a tenda secar porque houve um aguaceiro de noite, e pouco depois do meio-dia zarpámos de Laredo tomando a direcção de Santander, ainda fizemos uma paragem digna de nota pelo caminho, mas fica para próxima oportunidade.

(continua)


Pena de muerte
10/08/05 JOSÉ ANTONIO GURRIARÁN

Rechazo la pena de muerte, entre otras razones, por esa probabilidad,
tantas veces demostrada, de que los hechos no sean lo que parecen, de que los
testigos crean lo que no es o mientan, de que los jueces se equivoquen, de que
los acusados no tengan capacidad dialéctica o económica para la mejor defensa,
de que los poderosos utilicen la pena máxima para acabar con sus enemigos o para
ocultar lo que no les conviene que se sepa .(...)

2005-09-05

Um dado não adquirido

Temos quase como um dado adquirido o nosso modelo de sociedade construido pedra a pedra ao longo de milénios de história, parece quase impensável voltarmos a um tempo de completa desregulação, em que vigore a lei do mais forte, em que se verifique uma verdadeira luta pela sobrevivência física em que não haja tribunais nos moldes em que os conhecemos, em que não haja lei nem ordem.
O caos social reinante na zona de Nova Orleães vem evidenciar a fragilidade do modelo de organização social assente no Estado de Direito Democrático vigente nos paises ditos ocidentais, num abrir e fechar de olhos voltou-se à idade da pedra em que se luta de pistola em punho por uma lata de conserva.
Estámos habituados a ver imagens daquelas noutras latitudes, onde nunca se terá tomado o gosto ao conforto da civilização ocidental. O que aparece de novo aqui é uma situação de regressão social aparentemente inexplicável . Parece ficar claro que há um limiar de sobrevivência apartir do qual é cada um por si, e isto é válido em qualquer hemisfério, tenha ele às costas uma matriz civilizacional greco-romana ou não.
Neste caso tratou-se de uma catástrofe natural, imagine-se agora que um bando de anormais, é coisa que não falta, entra na posse de umas poucas ógivas nucleares, nada de muito improvável, e consegue, com exito, fazer uso delas no centro da Europa ou da América do Norte.

2005-09-03

Aviso à navegação

Este blogue denota forte indícios de anti-americanismo, daquele mais reles, do primário mesmo. Demonstram-no a música em francês que ainda ontem aqui se fazia ouvir, e se ainda dúvidas houver basta ler as suas postas mais recentes, reveladoras de uma simpatia inquestionável pela Velha Europa . Portanto, tudo o que aqui se escrever sobre a bandalheira que grassa em Nova Orleães se´ra sem dúvida portador desse timbre detestável do anti-americanismo primário.

Viró disco

Kingston Town - UB 40
Foi banda sonora de uma noite de Novembro nas Caraibas há quase oito anos .

2005-09-01

Imagine um mundo com poucos homens. Pouquíssimos. E pobres. Paupérrimos. Vazios imensos entre um povoado e outro. Florestas, pântanos e brejos ainda entre um campo cultivado e outro. Nesse espaço ocidental europeu de cidades esvaziadas e penetradas pelo verde - sinal de abandono e recuo - há mil anos atrás a natureza ainda resistia: os homens mal dominavam a terra. Muitos trabalhavam o solo com suas próprias mãos. As ferramentas eram poucas, a maioria de madeira ainda. As famílias, a maioria de camponeses - mas também de escravos - viviam em choças. Trabalhavam unidas e a duras penas para retirar sua subsistência. De cada grão colhiam dois, no máximo três (DUBY, 1979: 13).



Os patronos das férias: S. Bernardo e D. Afonso Henriques

S. Bernardo nasceu em França no ano de 1090. Reformulou a Regra seguida pelos seus companheiros, dando origem à Ordem de Cister em 1113. A Ordem cresceu e foram fundadas quatro abadias, ficando S. Bernardo à frente do Mosteiro de Claraval. Aí, S. Bernardo exerceu as funções de Abade durante 10 anos, dedicando - se de corpo e alma à sua missão evangelizadora, estabelecendo uma Regra rigorosa. Com S. Bernardo o monaquismo reassume a sua verdadeira vida ascética, afastando - se da comunidade secular.
O rigor do cumprimento da Regra que se propôs seguir, a par do testemunho da sua fé e o grande número de livros que escreveu, de milhares de cartas e 300 sermões, tornaram S. Bernardo um dos mais conceituados santos do Cristianismo. A fama de santidade que o acompanhava para todo o lugar atraía muitos jovens à sua causa. Poucos anos depois de ter chegado a Claraval, a escassa dúzia de monges que fundara o mosteiro, tinha dado o lugar a 500.
Tudo o que fosse contrário à sobriedade e à humildade tinha nele um feroz crítico, não se inibindo de censurar violentamente a opulência que os monges da Ordem de Cluny, fundada por S. Bento, vinham seguindo, manifestando esse gosto pela riqueza, na arte e na liturgia.S. Bernardo exerceu uma acção decisiva na comunidade cisterciense, falecendo no ano de 1153, com 163 mosteiros fundados por toda a Europa.Os primeiros monges cistercienses entraram em Portugal pela região da Beira nos princípios do reinado de D. Afonso Henriques, provavelmente no ano de 1138.Alcançada a independência do reino de Portugal, em 1143, D. Afonso Henriques lançou - se na difícil missão de alargar o exíguo espaço nacional. Tornou - se imperioso avançar contra o território ocupado pelos muçulmanos e conquistá-los para a coroa portuguesa. O nosso primeiro rei organizou o seu exército e assaltou a cidade de Santarém. Ele sabia que a conquista desta fortaleza lhe abria o acesso a Lisboa. Então, fez a promessa a S. Bernardo, cuja fama chegara até ele pela voz de seu irmão bastardo, D. Pedro, de que se tivesse êxito na tomada de Santarém, doaria toda a terra para a sua ordem.Dois motivos terão levado D. Afonso Henriques a proteger a Ordem de Cister. O primeiro, de ordem familiar, através dos laços de sangue que uniam o nosso primeiro rei à região de Borgonha, na França, de onde o seu pai, o Conde D. Henrique, era natural. Uma vez que os cistercienses tinham grande influência junto dos príncipes borgonheses, não admira que Afonso Henriques quisesse atrair a sua atenção, numa altura em que precisava de todo o apoio para conseguir a independência do Condado Portucalense, fundando o reino de Portugal.Por outro lado, o novo país necessitava de agentes colonizadores que povoassem as grandes extensões de território, com fraquíssima densidade populacional.O primeiro mosteiro cisterciense fundado terá sido o de S. João de Tarouca entre 1142 e 1144. O rei português estaria interessado em apoiar os monges de Cister, a fim de conseguir o seu apoio para obter do Papa o reconhecimento da independência de Portugal, dada a grande influência que detinham na Cúria Romana. Este Mosteiro foi o ponto de partida da colonização cisterciense em Portugal.A concessão de carta de couto ao Convento de Santa Maria de Aguiar, por D. Afonso Henriques, em 1174, foi outra forma de promover o povoamento da região.


O que não podiamos deixar de ver




Cluny foi um dos maiores projetos monásticos de todos os tempos (Dia4)

ABADIA DE FONTENAY (Dia 6)
Fundada por São Bernardo, em 1119, Fontenay é uma das mais bem conservadas abadias da França. Utilizada como fábrica de papel durante a Revolução Francesa, a abadia encontra-se intacta quase como em seus primeiros dias. A igreja é de uma homogeneidade perfeita, em total harmonia com seus jardins encantadores.
Uma perfeição da arte romana, classificada como patrimônio mundial pela UNESCO.



A Gabriela no claustro da Abadia, já sem pachorra para aturar as explicações da guia, pode-se orgulhar de um raspanete em francês em tão distinto lugar: a relva era só para olhar...


VEZELAY (Dia 6)
A UNESCO elaborou uma lista dos santuários de nossa civilização. Vezelay consta como um dos primeiros da lista.
A cidade viveu seu apogeu entre os séculos X e XIII, quando centenas de milhares de peregrinos, príncipes, reis, imperadores, a visitavam para venerar as relíquias de Madeleine antes de partirem para Santiago de Compostela ou para uma cruzada.
Isto tudo foi suficiente para que Vezelay se inscrevesse para sempre na história do Ocidente com sua Basílica de Sainte-Madeleine, um testemunho de excepcional qualidade do que foi, na Borgonha, a floração dos séculos XI e XII.




O Raul pode-se orgulhar de uma refeição durante o ofício religioso onde S.Bernardo pregou a segunda cruzada, o Daniel para não ficar a perder deixou uma velinha nas relíquias de Madeleine (2 euros).




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